São Paulo, terça-feira, 03 de dezembro de 2002

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Leão negocia e esconde prêmio

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

A diretoria do Santos está disposta a abrir os cofres para incentivar ainda mais os seus jogadores a conquistarem o inédito título do Brasileiro. Os dirigentes ofereceram R$ 40 mil para cada atleta, mas admitem até aumentar o prêmio em caso de triunfo.
Segundo o diretor de futebol, Francisco Lopes, a negociação foi feita diretamente com o técnico Emerson Leão, que quis deixar os jogadores fora da discussão.
O dirigente disse ter ouvido do treinador que os atletas só falarão com a diretoria sobre a oferta após o segundo jogo com o Grêmio, amanhã, em Porto Alegre.
De acordo com Lopes, os dirigentes fizeram uma tabela que previa o pagamento de R$ 20 mil a R$ 40 mil para cada jogador, dependendo da colocação.
"Antes do jogo com o São Paulo, pelas quartas, o Leão pediu para não negociarmos com os jogadores. Pode ser que a gente volte a falar nisso depois da segunda partida com o Grêmio", afirmou Lopes. O prêmio pode até passar para R$ 50 mil em caso de título.
"Depende só do êxtase do presidente", afirmou Leão, em referência à condição financeira de Marcelo Teixeira, cuja família é proprietária de uma universidade e de uma emissora de TV.
Leão disse que fez questão de evitar que essa discussão prejudicasse o desempenho do time, e, por isso, exigiu que o assunto fosse discutido previamente com o grupo. "Isso [a discussão sobre prêmio] já passou faz tempo", disse o técnico santista.
Apesar de o treinador não querer alimentar um debate sobre a premiação agora, os dirigentes não escondem a preocupação com o assunto. "Este título não tem preço para o Santos", declarou o dirigente.
O zagueiro André Luís disse preferir não conversar com a diretoria sobre esse tema agora. "Não é hora de falar sobre dinheiro. Vamos assegurar primeiro a vaga na final para depois pensarmos nisso", disse o jogador.
Segundo Lopes, Leão convenceu a diretoria que falar sobre prêmio neste momento poderia perturbar os jogadores. "Temos alguns atletas que recebem R$ 2.000 por mês. Se falarmos com eles de R$ 50 mil, não conseguirão nem dormir à noite."
Hoje, após o treino da manhã, o time viaja, mas o local onde ficará concentrado não foi revelado.


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