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FUTEBOL
Por ida a uma final em 2003, time tem de superar River Plate por três gols
São Paulo tenta derrubar tabu para alcançar decisão
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu último desafio no ano, o
São Paulo precisará derrubar uma
marca que já dura dez anos para
tentar avançar à sua primeira final
em 2003. Hoje, às 21h40, no Morumbi, o time do técnico Roberto
Rojas tem de vencer o River Plate
por três gols de diferença para decidir a Copa Sul-Americana. Na
partida de ida, em Buenos Aires,
os argentinos ganharam por 3 a 1.
Pela outra semifinal do torneio,
o Cienciano (Peru), que eliminou
o Santos, joga pelo empate amanhã, em casa, diante do Atlético
Nacional (Colômbia).
A última vez que os são-paulinos conseguiram inverter desvantagem de dois gols em mata-matas contra equipes da Argentina
foi em 1993, pela Libertadores.
Na época, a equipe comandada
por Telê Santana havia sido derrotada pelo Newell's Old Boys por
2 a 0 na partida de ida. No jogo da
volta, em São Paulo, Raí e companhia fizeram 4 a 0 no adversário e
abriram caminho para o bicampeonato da competição.
Desde então, o time fez mais
dois mata-matas diante de rivais
argentinos. Pela extinta Supercopa, foi eliminado nas semifinais
pelo Boca Juniors, em 1994, após
derrota em Buenos Aires por 2 a 0
e vitória no Morumbi por 1 a 0.
Em 1997, diante do mesmo adversário de hoje, novo insucesso
pela Supercopa. Após empate por
0 a 0 em São Paulo, os argentinos
levantaram a taça da competição
ao vencerem por 2 a 1 em casa.
Ao todo, em torneios sul-americanos, o São Paulo enfrentou clubes argentinos em 28 oportunidades, com 11 vitórias, também 11
derrotas e seis empates. Marcou
32 gols e sofreu um a menos.
Para dificultar ainda mais a situação, os são-paulinos jamais
derrotaram o River Plate. O time,
porém, não parece abatido com a
estatística. A vaga obtida no domingo, contra a Ponte Preta, para
a Libertadores do ano que vem
deu confiança aos atletas.
"Se repetirmos a mesma atitude
e raça demonstradas em Campinas, vamos conseguir a classificação", afirmou o meia Souza.
"Sem dúvida, a vaga na Libertadores foi muito importante na
parte psicológica. Vamos com
mais força agora", declarou o treinador chileno Roberto Rojas.
Segundo ele, agora a "prioridade número um" do clube é a Copa
Sul-Americana. "Estávamos levando como podíamos, mas agora estamos totalmente concentrados nessa competição", completou o técnico, que pediu "alma"
ao time contra os argentinos.
"Eles colocam a alma em campo, nós temos de fazer isso também para chegarmos à vaga."
A classificação para a Libertadores também parece ter contagiado o torcedor são-paulino. Ontem, cerca de 7.000 ingressos foram vendidos para a partida. A diretoria espera pelos menos 30 mil
pessoas no Morumbi.
Já o River Plate, que atravessa
má fase, chegou ontem a São Paulo e realizaria um treino de reconhecimento à noite no Morumbi.
O meia Gallardo, que abriu o caminho para a vitória e foi o melhor em campo no jogo em Buenos Aires, tem lesão na coxa e é
dúvida. Tuzzio, machucado, também pode desfalcar o time.
Colaborou Fábio Tura, do Datafolha
NA TV - Globo, ao vivo, a
partir das 21h40
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