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Contra apostas, Fifa pede ajuda para a Interpol
Joseph Blatter, presidente da entidade, afirma que cogita acabar com as repescagens nas próximas eliminatórias
Cartola pede desculpas à Irlanda, diz que o francês Henry está sob investigação e descarta a inclusão de mais assistentes em campo
Siphiwe Sibeko/Reuters
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Garotas jogam bola na periferia da Cidade do Cabo, local do congresso da Fifa e do sorteio da Copa
DOS ENVIADOS À CIDADE DO CABO
Do congresso extraordinário
que a Fifa montou para discutir
polêmicos temas recentes ligados ao futebol, o que de mais
importante saiu foi uma parceria com a Interpol para combater casas de apostas ilegais e a
possibilidade de não haver
mais repescagens em eliminatórias para a Copa do Mundo.
O presidente da máxima entidade do futebol, Joseph Blatter, anunciou após o congresso
que nada será mudado em termos de arbitragem para a Copa
de 2010 e que Henry está sob
investigação pelo gol que classificou a França ao Mundial.
"Sobre apostas ilegais, elas
estão baseadas em pequenas
divisões, jogos pequenos. Teremos uma parceria com a Interpol, uma força tarefa internacional, contra as apostas ilegais", anunciou o cartola suíço.
Segundo ele, o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble,
já assegurou forte apoio no
combate às apostas ilegais. A
ideia é coordenar melhor a luta
contra essa atividade, aproveitando a cooperação de autoridades nacionais e esportivas.
Segundo ele, serão abertas
investigações para duas polêmicas recentes: os conflitos entre Argélia e Egito e a mão decisiva de Henry ante a Irlanda.
"Minhas desculpas à Irlanda.
Os irlandeses são esportistas,
desculpem de novo", falou
Blatter, que comentou a tentativa frustrada da Irlanda de ser
a 33ª seleção do Mundial.
No caso de Henry, Blatter
lembrou cena de Rivaldo na
Copa de 2002 contra a Turquia.
"Já tivemos o caso de um jogador brasileiro que faltou com o
"fair play" e que foi punido [multado] por simular contusão."
Blatter colocou as repescagens em dúvida para os próximos qualificatórios. "Tivemos
problemas nesses jogos de
playoffs, seja dentro da mesma
confederação, como os da Uefa,
seja entre confederações."
Em março, quando o Comitê
Executivo se reunir outra vez,
deverão ser apresentadas propostas para as próximas eliminatórias, e repescagens estão
desde já sob risco de extinção.
O dirigente explicou a decisão de não incluir dois assistentes a mais nos jogos da Copa para melhorar a arbitragem.
"Ainda não foi testado devidamente o uso desses dois assistentes, que não estão preparados. Vamos continuar com os
experimentos. A Copa, em
2010, terá um árbitro, dois assistentes e o quarto árbitro.
Mais para a frente veremos."
"No congresso, foram discutidos o aumento de assistentes
e o uso de tecnologia. Já fizemos teste com o "goal line" [a
"bola inteligente']. Mas como
fazer em lances de impedimento, com os puxões? O futebol é
um esporte espontâneo, que
tem face humana, mas não fechamos os olhos para o futuro."
Blatter elogiou a reunião de
ontem porque "se falou apenas
de futebol, não de política".
(PAULO COBOS E RODRIGO BUENO)
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