MAURÍCIO EIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

A reapresentação do Santos, na manhã de ontem, no CT Rei Pelé, foi marcada por críticas do treinador Emerson Leão à estrutura do clube. Ele também voltou a alfinetar o antecessor, Vanderlei Luxemburgo.
"Quando saí do Atlético-MG, o Geninho chegou e disse que o trabalho ficou fácil, pois já existia uma base. Não é o caso do Santos. Temos muitos jogadores emprestados, alugados, e pouco definidos. É bom que a torcida saiba que teremos dificuldades neste início. Pensei que o Santos fosse um pouco mais light, mas não é", disse.
Além da contratação do volante Marcinho Guerreiro, Leão anunciou ontem o zagueiro Evaldo, do Grêmio. O técnico admitiu, porém, que terá problemas em montar um bom time devido às dificuldades de caixa na Vila Belmiro.
Segundo Leão, isso se deve ao fato de o clube não ter negociado o lateral-esquerdo Kléber para o futebol europeu, o que era cogitado no final de 2007. "Vamos começar sem uma base, sem time definido."
O técnico afirmou que pensa em voltar a trabalhar com atletas das categorias de base, como fez em 2002 com Diego, Robinho, Alex, Elano e Renato. "Venderam todos eles. Por isso, o Santos montou uma boa estrutura. Só não imaginava chegar na fase das vacas magras."
Por isso, Leão disse que os portões que separam os campos de treino usados pelos atletas profissionais das categorias de base "não terão cadeados".
Outro alvo de Leão foi o departamento médico do clube, comandado na época de Vanderlei Luxemburgo por Joaquim Grava, que voltou para o Corinthians. Segundo ele, não há um relatório dos testes e exames dos últimos anos.
Leão ainda declarou que alguns aparelhos do Cepraf (Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas de Futebol) estavam quebrados e que outros sumiram. "Estavam ali e desapareceram. Não sei o que ocorreu."


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