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São Paulo, terça-feira, 04 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Treinador promete novas mudanças de jogadores para reanimar equipe

Palmeiras já teme também rebaixamento no Paulista

Juca Varella/Folha Imagem
O técnico Jair Picerni, que ontem fez uma reunião de uma hora com os jogadores do Palmeiras


RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um resultado humilhante, uma porrada, uma buchada, uma biombada. O técnico palmeirense Jair Picerni usou várias expressões para definir a queda por 4 a 2, no Parque Antarctica, anteontem.
Mas o goleiro Marcos definiu o resultado de forma mais taxativa: "Foi um alerta". "Aqueles jogadores que estavam aqui no ano passado ainda estão preocupados que isso possa voltar a acontecer. É bom para abrir os olhos de quem não estava aqui", disse.
Rebaixado no campeonato nacional, o time agora teme fazer o mesmo caminho no torneio estadual. Ontem, Picerni promoveu uma reunião de uma hora de duração em que apontou os erros e pediu atitude aos jogadores -uma cena recorrente no Palmeiras-2002 de Levir Culpi. "Senti o grupo preocupado", disse.
Na saída, anunciou mais quatro mudanças no time para o jogo de amanhã, a estréia na Copa do Brasil, enfrentando em Várzea Grande (MT) o time do Operário.
Ele deu indícios de que entrariam no time o zagueiro Denys e o atacante Anselmo e que o meia Zinho retornaria aos titulares. A quarta substituição sairá do treino de hoje no reconhecimento do gramado da partida.
"Quando o time se equilibrar e obtiver duas vitórias seguidas, haverá uma equipe titular", sentenciou o técnico. O problema é que o Palmeiras não tem dois triunfos em série desde a Copa dos Campeões, em meados de 2002.
Para Picerni, o trauma do rebaixamento está abalando os jogadores. "O que aconteceu no ano passado está refletindo ainda."
Atualmente, o Palmeiras ocupa a 11ª posição do Paulista pelo critério técnico. Se continuar nesse pelotão, estaria disputando o sistema de rebaixamento do Paulista-2003, que é mais rocambolesco do que o Brasileiro-2002.
Dos 21 times em disputa na primeira fase, oito passam para as quartas-de-final. O nono colocado simplesmente desaparece de cena, enquanto do 10º ao 21º colocados há a disputa de uma espécie de "torneio da morte". Eles serão divididos em dois grupos de seis equipes, jogando grupo contra grupo em turno único. Os dois últimos colocados são rebaixados.
O penúltimo lugar ainda tem uma chance para não cair, disputando dois jogos com o vice-campeão da Série A-2, a segundona.
Mas atualmente a última coisa que Picerni quer é fazer contas, afinal, tem quatro jogos pela frente pelo Paulista, sendo três fora.
"Não estamos usando a matemática aqui", declarou Picerni. "Nós projetamos vencer o Barbarense. Não aconteceu. Melhor trabalhar jogo a jogo" completou.
A situação está tão ruim que uma das poucas coisas que fazem Picerni sorrir são as já rotineiras perguntas sobre o atacante Dodô, sumido do clube há dias.


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