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São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2003

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Dida é condenado à prisão pelo uso de passaporte falso na Itália

DA REPORTAGEM LOCAL

O goleiro Dida, 29, do Milan, foi condenado ontem, pela Justiça italiana, a sete meses de prisão por uso de passaporte falso.
A sentença foi dada pela juíza Maria Luisa Savoia, responsável pelo processo da investigação, iniciado há mais de dois anos.
O jogador brasileiro havia chegado a um acordo com a Justiça italiana, admitindo a culpa pelo uso do documento, o que abrandou a sua condenação. Assim, ele só será preso, se cometer crime semelhante em um período de cinco anos.
O empresário do atleta, Oscar Damiani, também será processado. A negociação que levou Dida à Europa foi basicamente conduzida por empresários italianos, principalmente por Damiani.
O caso de Dida foi puxado pela fraude nos documentos de Warley e Alberto, da Udinese, que usavam passaportes portugueses que tinham o mesmo número de série dos papéis usados por outras pessoas. Pelas investigações da polícia italiana, o passaporte de Dida deve ter sido falsificado pelas mesmas pessoas, já que apresentava assinatura idêntica à do suposto funcionário português que expediu o documento.
Nos últimos anos, a Itália fechou o cerco contra vários jogadores extracomunitários suspeitos de utilizar documentação falsa para atuar nos países europeus.
Um deles é o meio-campista argentino Verón, do Manchester United (ING), que está sendo investigado por suspeita de uso de documento falsificado.
Dida ainda atuava no Brasil quando recebeu o passaporte falso que provocou sua suspensão na Itália, em 2001, por um ano. À época, mesmo sabendo que Dida tinha um passaporte da União Européia irregular, o Milan o inscreveu em competições.
Dessa forma, utilizou com um goleiro, fato raro entre os grandes clubes italianos, uma das três vagas de jogadores de fora da União Européia que cada clube do país tem direito.
Mesmo assim, o atleta não se firmara como titular da equipe. Foi emprestado ao Corinthians no ano passado, onde conquistou os títulos da Copa do Brasil e do Torneio Rio-São Paulo.
Convocado para a Copa do Mundo de 2002, o goleiro retornou ao clube italiano após o pentacampeonato mundial.
Em sua segunda passagem pela equipe milanesa, Dida conseguiu, pela primeira vez, conquistar a posição de titular, e é um dos principais destaques do time, com média de apenas 0,75 gol sofrido por jogo.


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