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Dida é condenado à prisão pelo
uso de passaporte falso na Itália
DA REPORTAGEM LOCAL
O goleiro Dida, 29, do Milan, foi
condenado ontem, pela Justiça
italiana, a sete meses de prisão por
uso de passaporte falso.
A sentença foi dada pela juíza
Maria Luisa Savoia, responsável
pelo processo da investigação, iniciado há mais de dois anos.
O jogador brasileiro havia chegado a um acordo com a Justiça
italiana, admitindo a culpa pelo
uso do documento, o que abrandou a sua condenação. Assim, ele
só será preso, se cometer crime
semelhante em um período de
cinco anos.
O empresário do atleta, Oscar
Damiani, também será processado. A negociação que levou Dida à
Europa foi basicamente conduzida por empresários italianos,
principalmente por Damiani.
O caso de Dida foi puxado pela
fraude nos documentos de Warley e Alberto, da Udinese, que
usavam passaportes portugueses
que tinham o mesmo número de
série dos papéis usados por outras
pessoas. Pelas investigações da
polícia italiana, o passaporte de
Dida deve ter sido falsificado pelas mesmas pessoas, já que apresentava assinatura idêntica à do
suposto funcionário português
que expediu o documento.
Nos últimos anos, a Itália fechou o cerco contra vários jogadores extracomunitários suspeitos de utilizar documentação falsa
para atuar nos países europeus.
Um deles é o meio-campista argentino Verón, do Manchester
United (ING), que está sendo investigado por suspeita de uso de
documento falsificado.
Dida ainda atuava no Brasil
quando recebeu o passaporte falso que provocou sua suspensão
na Itália, em 2001, por um ano. À
época, mesmo sabendo que Dida
tinha um passaporte da União
Européia irregular, o Milan o inscreveu em competições.
Dessa forma, utilizou com um
goleiro, fato raro entre os grandes
clubes italianos, uma das três vagas de jogadores de fora da União
Européia que cada clube do país
tem direito.
Mesmo assim, o atleta não se
firmara como titular da equipe.
Foi emprestado ao Corinthians
no ano passado, onde conquistou
os títulos da Copa do Brasil e do
Torneio Rio-São Paulo.
Convocado para a Copa do
Mundo de 2002, o goleiro retornou ao clube italiano após o pentacampeonato mundial.
Em sua segunda passagem pela
equipe milanesa, Dida conseguiu,
pela primeira vez, conquistar a
posição de titular, e é um dos
principais destaques do time,
com média de apenas 0,75 gol sofrido por jogo.
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