DA REPORTAGEM LOCAL

"É um povo [o alemão] racista realmente, em especial os mais velhos, da época do Hitler. Um pessoal arrogante, ignorante, que não respeita", diz Grafite, que elogia as campanhas nos estádios.
"Aqui nunca teve isso [racismo em campo]. Há muita campanha, entramos com cartazes antirracismo. O trabalho é forte, não é como no Brasil, que é temporário, fazem quando estamos no mês da libertação dos escravos, Dia da Consciência Negra."
Grafite diz sentir o racismo só nas ruas. "Os jogadores são superstars. Qualquer deslize dentro ou fora de campo é notícia a semana toda. Por ser uma pessoa pública, não sinto muito [o racismo], mas vejo uns olhares, a gente percebe. É jogador de futebol, tem carro bonito..."
O nigeriano naturalizado Patrick Owomoyela, que já defendeu a seleção alemã, recebeu respaldo da federação do país no processo que moveu contra o Partido Nacionalista Democrático por incitar racismo antes da Copa.
Foram distribuídos panfletos com o número 25, de Owomoyela, dizendo: "Branco não é só uma cor de camiseta. Por uma seleção realmente nacional!". (RBU)


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