|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Palmeiras e Oeste param na água
Drenagem do Parque Antarctica falha mais uma vez, e partida vira um tormento para 3.560 pagantes
Palmeiras 0
Oeste 0
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A cena que ilustra Palmeiras
x Oeste veio aos 45min do segundo tempo. O atacante Ricardo Bueno, um dos artilheiros do Paulista, com 13 gols, livrou-se de três marcadores. E
caiu de quatro no campo, "desarmado" por uma poça d'água.
Não havia a menor condição
de as duas equipes jogarem futebol na etapa final, depois de a
chuva que já atrapalhara o primeiro tempo ter apertado.
Mais uma vez, a drenagem do
gramado do Parque Antarctica
mostrou-se precária. Algumas
poças já haviam sido formadas
por volta das 15h, cerca de 40
minutos após o início da chuva
na região da Pompéia, onde está localizado o estádio.
"Se tivesse chovido de manhã
seria diferente", afirmou o gerente de futebol do Palmeiras,
Sérgio do Prado, justificando
por que o clube não solicitou
uma vistoria da federação paulista, a exemplo do que aconteceu na 13ª rodada.
Naquela ocasião, a chuva começou por volta das 10h. O Palmeiras pediu ao presidente da
FPF, Marco Polo del Nero, uma
vistoria, que foi realizada pelo
chefe da arbitragem da entidade, Marcos Marinho. Antes das
13h -o jogo começaria quatro
horas mais tarde-, o clube
anunciou o adiamento da partida contra o Sertãozinho.
"Hoje [ontem] não havia motivo. A chuva começou próxima
do jogo. Pelo regulamento, passadas as três horas do início do
jogo, nem o presidente da República pode adiar. Aí, é só com
o árbitro", disse Do Prado.
O dirigente explicou que o
juiz da partida de ontem, Márcio Roberto Soares, não foi nem
sequer consultado a respeito do
gramado porque "havia condições plenas de jogo".
Pior para os 3.560 pagantes,
que encararam um desafio já
inglório -o Palmeiras não tem
mais chances de se classificar
para a semifinal do Estadual,
por isso a partida não valia nada-, e, principalmente, para
quem queria mostrar serviço.
"A chuva atrapalhou muito,
seria muito melhor sem ela",
afirmou, cabisbaixo, o atacante
Vinícius, 16, um dos quatro garotos escalados pelo técnico
Antônio Carlos, que iniciou o
confronto com somente dois titulares, Eduardo e Danilo.
Vinícius era, com Joãozinho,
19, uma das apostas do treinador para superar o Oeste. "Não
pudemos desfrutar da velocidade dos dois homens na frente
por conta do gramado", lamentou-se Antônio Carlos.
O Palmeiras vai se despedir
do Estadual na quarta-feira,
contra o Paulista, em Jundiaí.
Mais uma vez, os jovens palmeirenses deverão ser testados
pelo técnico. Agora, esperam,
com o campo seco.
Texto Anterior: São Paulo se contradiz novamente no Paulista Próximo Texto: Manchester, sem Rooney, não resiste ao Chelsea Índice
|