São Paulo, domingo, 04 de abril de 2010

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Palmeiras e Oeste param na água

Drenagem do Parque Antarctica falha mais uma vez, e partida vira um tormento para 3.560 pagantes

Palmeiras 0
Oeste 0


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A cena que ilustra Palmeiras x Oeste veio aos 45min do segundo tempo. O atacante Ricardo Bueno, um dos artilheiros do Paulista, com 13 gols, livrou-se de três marcadores. E caiu de quatro no campo, "desarmado" por uma poça d'água.
Não havia a menor condição de as duas equipes jogarem futebol na etapa final, depois de a chuva que já atrapalhara o primeiro tempo ter apertado.
Mais uma vez, a drenagem do gramado do Parque Antarctica mostrou-se precária. Algumas poças já haviam sido formadas por volta das 15h, cerca de 40 minutos após o início da chuva na região da Pompéia, onde está localizado o estádio.
"Se tivesse chovido de manhã seria diferente", afirmou o gerente de futebol do Palmeiras, Sérgio do Prado, justificando por que o clube não solicitou uma vistoria da federação paulista, a exemplo do que aconteceu na 13ª rodada.
Naquela ocasião, a chuva começou por volta das 10h. O Palmeiras pediu ao presidente da FPF, Marco Polo del Nero, uma vistoria, que foi realizada pelo chefe da arbitragem da entidade, Marcos Marinho. Antes das 13h -o jogo começaria quatro horas mais tarde-, o clube anunciou o adiamento da partida contra o Sertãozinho.
"Hoje [ontem] não havia motivo. A chuva começou próxima do jogo. Pelo regulamento, passadas as três horas do início do jogo, nem o presidente da República pode adiar. Aí, é só com o árbitro", disse Do Prado.
O dirigente explicou que o juiz da partida de ontem, Márcio Roberto Soares, não foi nem sequer consultado a respeito do gramado porque "havia condições plenas de jogo".
Pior para os 3.560 pagantes, que encararam um desafio já inglório -o Palmeiras não tem mais chances de se classificar para a semifinal do Estadual, por isso a partida não valia nada-, e, principalmente, para quem queria mostrar serviço.
"A chuva atrapalhou muito, seria muito melhor sem ela", afirmou, cabisbaixo, o atacante Vinícius, 16, um dos quatro garotos escalados pelo técnico Antônio Carlos, que iniciou o confronto com somente dois titulares, Eduardo e Danilo.
Vinícius era, com Joãozinho, 19, uma das apostas do treinador para superar o Oeste. "Não pudemos desfrutar da velocidade dos dois homens na frente por conta do gramado", lamentou-se Antônio Carlos.
O Palmeiras vai se despedir do Estadual na quarta-feira, contra o Paulista, em Jundiaí. Mais uma vez, os jovens palmeirenses deverão ser testados pelo técnico. Agora, esperam, com o campo seco.


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