São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

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Neymar assume bronca por Ganso

PAULISTA
Atacante lamenta gritos de "mercenário", que eram direcionados ao camisa 10


DOS ENVIADOS A SANTOS

Neymar deixou o gramado da Vila Belmiro, ontem, aparentando contrariedade maior com a reação da sua torcida do que com a derrota santista para o Palmeiras.
O atacante, que se movimentou muito no primeiro tempo e foi constantemente aplaudido pela torcida, pode ter tomado para si a hostilidade destinada ao meia Paulo Henrique Ganso.
Neymar disse ter ouvido gritos de "mercenário" vindos das arquibancadas santistas contra ele. "Fico muito triste", disse o atacante.
"É um momento ruim para me chamar de mercenário. Fico até triste, porque recusei uma proposta para ficar no Santos", afirmou Neymar.
"Cada um fala o que quer. Fico muito chateado porque honro a camisa como se fosse meu pai e minha mãe", declarou o camisa 11 do Santos.
Enquanto Neymar se queixava aos microfones das emissoras de rádio, era possível ouvir os xingamentos da torcida vazando pelo áudio.
"Meu desejo é permanecer aqui a vida inteira. Não tem por que sair, é o clube que amo. Alguns torcedores me xingam e isso acaba me magoando", disse o jogador.
Mas quem foi realmente xingado, durante toda a partida, foi o meia Paulo Henrique Ganso. O camisa 10 era chamado de "mercenário" a cada vez que pegava na bola.
Ganso esteve longe de ser protagonista. Errou passes fáceis, não combateu no meio de campo e conduziu pouco a bola, diferentemente do futebol que apresentou durante o ano passado.
O jogador está em atrito com a diretoria desde que começou a negociar a renovação de seu contrato.
O meia já deixou claro que pretende ser negociado para um time do futebol europeu na próxima janela de transferências, no meio do ano.
Integrantes da torcida uniformizada Jovem, do Santos, foram até a porta do vestiário do time pressionar o atleta.
O técnico Marcelo Martelotte minimizou os protestos. "Os jogadores são titulares do Santos e fazem parte da seleção brasileira, estão acostumados a lidar com a pressão da torcida", afirmou o treinador interino. (DANIEL BRITO E RODRIGO MATTOS)


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