São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

O Santos parou

ERAM 36MIN do primeiro tempo quando Felipão trocou Adriano por Luan. Sua intenção era clara. Neymar vencia a marcação de Cicinho e contava com o apoio de Léo, desmarcado. Luan entrou pela esquerda, marcando Pará. Patrick trocou de lado para acompanhar o lateral esquerdo do Santos.
Ainda que o Santos tenha tido chances de marcar, o jogo mudou. Marcado, o Santos caiu. Manjado depois do ótimo 2010, o time de Ganso e Neymar não lembra nem de longe o dirigido por Dorival Jr. no primeiro semestre de 2010.
Pegue os números como exemplo. Ano passado, 176 gols em 74 partidas, média de 2,37 por jogo. O melhor ataque do Paulistão continua com 40 gols em 20 partidas no ano. Não é pouco para um time comum. Mas ninguém julga o Santos assim, um time normal.
O clássico serviu para o Palmeiras se afirmar. O último campeão paulista sem vencer clássico foi o São Paulo de 1989. O Palmeiras teria de superar esse trauma e chegar às finais sabendo que teria a desconfiança geral. Ganhar da Ponte, do Mirassol, do Oeste, tudo bem. Mas e os clássicos?
Felipão viu seu time ganhar na Vila. Antes, empatou com São Paulo e perdeu do Corinthians, único revés do ano. Hoje, pode se orgulhar de o Santos não tê-lo vencido desde que virou a coqueluche do futebol brasileiro, com Ganso e Neymar. Perdeu três e empatou um clássico contra o Palmeiras.
O Santos vive da fama de 2010. Dos jogos importantes de 2011, ganhou do São Paulo, perdeu os outros clássicos e não venceu na Libertadores. O Palmeiras dá demonstrações de que pode ganhar título no primeiro semestre. Mas falta a diretoria resolver o velho incômodo dos atletas, que não sabem se terão prêmio por qualquer conquista. Não é preciso pagar. Só avisar.

CRAQUE-PROBLEMA
O Atlético-MG demitiu Ricardinho e Zé Luís após o revés ante o Prudente. Na entrevista sobre a demissão, hoje, será dito que a saída do meia melhorará o ambiente.

GOL DE PLACA
Lucas fez uma obra-prima ao passar por toda a defesa do Mirassol e chutar para o gol vazio. O time de Carpegiani é oito ou 80. É rápido, insinuante, mas há jogos fracos demais. Um risco nas finais.


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