São Paulo, domingo, 04 de maio de 2008

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fim da fila?

Palmeiras joga por seu renascimento

Time, arquitetado para ser o papa-troféus de 2008, luta contra a Ponte para quebrar jejum e justificar alto investimento

Equipe disputa primeira decisão após a chegada de Luxemburgo no torneio em que Marcos voltou à ativa e Valdivia brilhou com a 10


RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um título paulista para entrar na história. Acostumado a se portar como mero coadjuvante desde que levantou a Libertadores na longínqua temporada de 1999, o Palmeiras tem em jogo mais do que a quebra de um jejum de 12 anos.
Hoje, na sua casa, busca contra a Ponte Preta, às 16h, uma conquista para reafirmar a sua força entre os grandes.
Com trajetória de time pequeno nos últimos anos, o clube escolheu 2008 para mudar. E, com essa estratégia, investiu em várias frentes. O grande passo foi trazer Vanderlei Luxemburgo e seu estafe.
"Vim para o Palmeiras pelo projeto que a diretoria está planejando. É um clube com o qual eu tenho uma identificação muito forte e vamos trabalhar para ter um grupo vencedor", afirmou técnico palmeirense logo na sua chegada.
O clube contou com o aporte da empresa de marketing esportivo Traffic, que tornou possível a vinda de Luxemburgo e rendeu ao Palmeiras um time escolhido a dedo e programado para arrebatar títulos já no primeiro semestre de vida.
Pela parceira, vieram Diego Souza, Henrique e Lenny. Juntaram-se a Alex Mineiro, Denílson, Élder Granja, Jorge Preá, Kléber e Léo Lima. Um elenco de quase R$ 20 milhões.
E, se o time fracassou na Copa do Brasil, encara hoje um momento-chave para justificar o investimento, que, por outro lado, já faz o clube amargar déficit de R$ 40 milhões.
"Temos ciência de como o Palmeiras está apostando na conquista de títulos. Vieram grandes jogadores, e temos um treinador muito capacitado", disse Martinez, um dos remanescentes da equipe de 2007.
A própria trajetória da equipe neste Paulista passa um sabor especial para a torcida.
O triunfo sobre o maior rival veio com um gol de seu camisa 10. Foi Valdivia o responsável pelo 1 a 0 no Corinthians. Provocador, virou xodó da torcida.
Mais importante que isso foi a recuperação de um ídolo que parecia fazer parte do passado. Marcos voltou. E lembrou os tempos em que era chamado de santo pelas arquibancadas.
"Antes, falava como ex-jogador. Agora voltei a jogar e quero muito sentir o gosto de ser campeão de novo jogando."
A cereja do bolo veio com o fim de uma freguesia que parecia sem fim. Contra o São Paulo, acostumado a fazer do Parque Antarctica palco de seus triunfos, uma goleada por 4 a 1 em Ribeirão Preto na fase de classificação e a eliminação do rival na semifinal, no Parque.
Fora de campo, o clube também pensa grande. Vai reformar o seu estádio para transformá-lo em arena de ponta e fazer frente ao Morumbi na luta para ser um dos palcos dos jogos da Copa de 2014. A pedra fundamental será lançada até o final de julho, e a previsão é que a obra fique pronta até 2011.
"A construção da arena era um anseio dentro do clube. Visitei estádios na Europa e acredito que o nosso estádio vai ser o mais moderno do Brasil", afirmou o diretor de futebol do clube, Savério Orlandi.
Nesta reta final de Paulista, Vanderlei Luxemburgo faz os últimos ajustes -mais fora de campo que dentro dele. E a caminho de conquistar o seu oitavo título do Paulista, o quarto à frente do Palmeiras, o treinador cuida dos pequenos ajustes antes de erguer a taça.
"Nessa hora, o mais importante é conversar com os jogadores e cuidar da parte psicológica. No campo, agora é um ou outro detalhe para corrigir e entrar para disputar a final."


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