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fim da fila?
Palmeiras joga por seu renascimento
Time, arquitetado para ser o papa-troféus de 2008, luta contra a Ponte para quebrar jejum e justificar alto investimento
Equipe disputa primeira
decisão após a chegada de Luxemburgo no torneio em que Marcos voltou à ativa e Valdivia brilhou com a 10
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um título paulista para entrar na história. Acostumado a
se portar como mero coadjuvante desde que levantou a Libertadores na longínqua temporada de 1999, o Palmeiras
tem em jogo mais do que a quebra de um jejum de 12 anos.
Hoje, na sua casa, busca contra a Ponte Preta, às 16h, uma
conquista para reafirmar a sua
força entre os grandes.
Com trajetória de time pequeno nos últimos anos, o clube escolheu 2008 para mudar.
E, com essa estratégia, investiu
em várias frentes. O grande
passo foi trazer Vanderlei Luxemburgo e seu estafe.
"Vim para o Palmeiras pelo
projeto que a diretoria está planejando. É um clube com o qual
eu tenho uma identificação
muito forte e vamos trabalhar
para ter um grupo vencedor",
afirmou técnico palmeirense
logo na sua chegada.
O clube contou com o aporte
da empresa de marketing esportivo Traffic, que tornou possível a vinda de Luxemburgo e
rendeu ao Palmeiras um time
escolhido a dedo e programado
para arrebatar títulos já no primeiro semestre de vida.
Pela parceira, vieram Diego
Souza, Henrique e Lenny. Juntaram-se a Alex Mineiro, Denílson, Élder Granja, Jorge Preá,
Kléber e Léo Lima. Um elenco
de quase R$ 20 milhões.
E, se o time fracassou na Copa do Brasil, encara hoje um
momento-chave para justificar
o investimento, que, por outro
lado, já faz o clube amargar déficit de R$ 40 milhões.
"Temos ciência de como o
Palmeiras está apostando na
conquista de títulos. Vieram
grandes jogadores, e temos um
treinador muito capacitado",
disse Martinez, um dos remanescentes da equipe de 2007.
A própria trajetória da equipe neste Paulista passa um sabor especial para a torcida.
O triunfo sobre o maior rival
veio com um gol de seu camisa
10. Foi Valdivia o responsável
pelo 1 a 0 no Corinthians. Provocador, virou xodó da torcida.
Mais importante que isso foi
a recuperação de um ídolo que
parecia fazer parte do passado.
Marcos voltou. E lembrou os
tempos em que era chamado de
santo pelas arquibancadas.
"Antes, falava como ex-jogador. Agora voltei a jogar e quero
muito sentir o gosto de ser
campeão de novo jogando."
A cereja do bolo veio com o
fim de uma freguesia que parecia sem fim. Contra o São Paulo, acostumado a fazer do Parque Antarctica palco de seus
triunfos, uma goleada por 4 a 1
em Ribeirão Preto na fase de
classificação e a eliminação do
rival na semifinal, no Parque.
Fora de campo, o clube também pensa grande. Vai reformar o seu estádio para transformá-lo em arena de ponta e
fazer frente ao Morumbi na luta para ser um dos palcos dos
jogos da Copa de 2014. A pedra
fundamental será lançada até o
final de julho, e a previsão é que
a obra fique pronta até 2011.
"A construção da arena era
um anseio dentro do clube. Visitei estádios na Europa e acredito que o nosso estádio vai ser
o mais moderno do Brasil",
afirmou o diretor de futebol do
clube, Savério Orlandi.
Nesta reta final de Paulista,
Vanderlei Luxemburgo faz os
últimos ajustes -mais fora de
campo que dentro dele. E a caminho de conquistar o seu oitavo título do Paulista, o quarto à
frente do Palmeiras, o treinador cuida dos pequenos ajustes
antes de erguer a taça.
"Nessa hora, o mais importante é conversar com os jogadores e cuidar da parte psicológica. No campo, agora é um ou
outro detalhe para corrigir e
entrar para disputar a final."
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