Contra o Universitario, time conta com histórico favorável e adversário frágil como trunfos nas oitavas da Libertadores

São-paulinos admitem o favoritismo para partida no Morumbi, hoje, mas dizem que defesa rival, a melhor da competição, será barreira

Rubens Cavallari/Folha Imagem

Rogério Ceni, que enfrenta o Universitario, hoje, é um dos poucos titulares são-paulinos que atuou na maior parte deste ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Torcedores e familiares ao lado do campo, um rachão animado por festejos, brincadeiras constantes entre os jogadores.
O clima no treino do São Paulo revelava tranquilidade na véspera das oitavas de final da Libertadores, diante do Universitario, hoje, no Morumbi.
É que os são-paulinos têm a tarefa mais fácil dos brasileiros no torneio sul-americano.
Flamengo e Corinthians têm confronto acirrado na quarta-feira. O Inter precisa de pelo menos dois gols contra o Banfield. E o Cruzeiro tenta segurar sua vantagem (3 a 1) no Uruguai, diante do Nacional.
Ao São Paulo, basta uma vitória simples em casa. Seu adversário é o de segundo pior desempenho da primeira fase -só à frente do Flamengo.
O time paulista ganhou todos os mata-matas na Libertadores contra equipes estrangeiras nos últimos cinco anos. E passou pelo Chivas por determinação do Conmebol, em 2009.
O time rival tem o pior ataque entre os classificados da Libertadores e foi até pressionado, em casa, no primeiro jogo.
Diante deste cenário, atletas e comissão técnica são-paulinos admitem o favoritismo. "A responsabilidade e a obrigação são nossas, mas temos que respeitar o adversário", disse o técnico Ricardo Gomes.
"Em se tratando de Libertadores, jogando em casa, o São Paulo tem que ser o favorito, sim", disse o zagueiro Miranda.
A única ressalva é a força da defesa peruana, a melhor da Libertadores com os são-paulinos. Mas os principais empecilhos para a classificação do time paulista são internos.
O clube troca de escalação desde o início do ano e ainda não encontrou o time ideal.
A maior parte das suas contratações decepcionaram. São os casos de Marcelinho Paraíba, Carlinhos Paraíba e Léo Lima, envolvidos em troca com o Goiás pelo atacante Fernandão, que está perto do acerto.
Na última partida no Morumbi, Ricardo Gomes foi vaiado pela torcida apesar da vitória sobre o Once Caldas.
"Isso depende da atuação do time. Se não atuar bem, quer que a torcida faça o que? Aplauda?", disse o treinador.
Atletas entendem que se a classificação vier, a torcida ficará alegre.