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GRUPO G/ ONTEM
Técnico cita erro que ajudou o time de Scolari
Com 2 de Vieri, Itália ganha e ironiza Brasil
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A SAPPORO
Comparada com as estréias de
França e Brasil, a da Itália foi um
sucesso. A opinião é de Giovanni
Trapattoni, o técnico italiano, que
citou a equipe de Luiz Felipe Scolari pelo menos três vezes na entrevista coletiva após a vitória de
ontem, 2 a 0 contra o Equador.
Numa delas, chegou a brincar
que não precisou da ajuda da arbitragem para começar com o pé
direito a competição.
""A estréia era o que mais me
preocupava, porque a pressão é
sempre grande e o adversário
[Equador" vinha com muita vontade por estar debutando numa
Copa. A França que o diga. Foi pegar Senegal e perdeu. E o Brasil,
também. Só ganhou da Turquia
porque o juiz marcou um pênalti
que não existiu", afirmou.
Para Trapattoni, das cinco seleções que apontara como candidatas a ganhar a Copa -França, Itália, Inglaterra, Argentina e Brasil-, só duas se saíram bem: a italiana e a argentina.
"Principalmente no primeiro
tempo, quando fizemos os dois
gols, nossa atuação foi muito boa.
O time mostrou que está entrosado, a defesa esteve firme, o ataque,
rápido. Gostei demais tanto do
Totti quanto do Vieri."
Na etapa final, Trapattoni reconhece que a Itália caiu de produção, mas diz ter achado "uma situação normal de jogo". ""A vitória parecia definida, e o time apenas deixou o tempo passar."
Apesar das críticas às estréias de
brasileiros e franceses -e também da Inglaterra, que deixou a
vitória escapar contra a Suécia-,
o técnico não acha que a primeira
Copa na Ásia terá grandes surpresas. ""O campeão deve ser mesmo
um time que já ganhou o Mundial
outras vezes, não deve sair daí."
Por isso mesmo, Trapattoni não
confirma qual será a equipe que
vai enfrentar a Croácia, na segunda partida da Itália na Copa.
Nem mesmo Vieri teria lugar
garantido. ""Se for preciso fazer
um revezamento, farei. O Totti
saiu reclamando de dores, mas
vamos ver como ele está. O time
que chegar com a melhor forma
física na quarta ou quinta partida
é o que vai ter mais condições de
ficar com o título."
O goleiro Buffon concorda com
o técnico. ""O Mundial é uma
competição curta, e você tem que
entrar 100% em cada partida", comentou, justificando a queda de
produção do time.
Autor dos dois gols italianos
-um após cruzamento de Totti,
aos 7min, e outro após passe de Di
Biagio, aos 27min-, Vieri elogiou o entrosamento de sua equipe e reconheceu que esperava mais dos equatorianos.
"Pela campanha que eles fizeram nas eliminatórias [ficaram
com a segunda colocação na
América do Sul, atrás apenas da
Argentina" e pelo fato de terem
batido o Brasil, achei que jogariam melhor", declarou para uma
emissora de rádio colombiana.
Hernán Darío Gomez, o técnico
do Equador, não deixou de dar
razão a Vieri. ""Esperava mais,
principalmente no primeiro tempo. Talvez por ser nossa estréia
num Mundial, os jogadores tenham sentido o peso do jogo e ficaram um pouco receosos."
Mas, na fase final, ele acha que
os sul-americanos se soltaram
um pouco mais. ""Conseguimos
atacar e criar pelo menos algumas
chances de perigo", opinou.
Mesmo admitindo que as chances de classificação do Equador
são pequenas, Gomez diz que
ainda não jogou a toalha.
"A gente costuma dizer que se
deve acreditar sempre. Então eu
vou seguir acreditando."
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