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BASQUETE
Com San Antonio x New Jersey, liga vê pela 2ª vez em 25 anos decisão em que, juntos, finalistas têm só um título
Decisão da NBA celebra fim das dinastias
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Duas equipes de pouca tradição
em decisões e escassos títulos, San
Antonio Spurs e New Jersey Nets
começam hoje, no Texas, a decidir a temporada 2002/03 da NBA.
Nos últimos 25 anos, é a segunda vez em que a final da liga será
disputada por dois times que,
juntos, somam apenas um troféu.
O San Antonio conta com um
título, conseguido na temporada
1998/99. Naquela decisão, quando
o ala-pivô Tim Duncan, 27, foi
eleito o MVP (Most Valuable Player) das finais, a equipe bateu o
New York Knicks por 4 a 1.
Já o New Jersey, finalista pela
primeira vez em sua história no
ano passado, nunca obteve um título da NBA -a Conferência Leste, aliás, não ganha o campeonato
desde a temporada 1997/98.
No ano passado, os Nets nem
sequer ameaçaram o Los Angeles
Lakers na decisão. O time da Califórnia conquistou o tricampeonato ao vencer a série final por 4 a 0.
Em 1994/95, Houston Rockets e
Orlando Magic chegaram à final
do torneio em situação parecida.
O Orlando nunca havia sido campeão -continuou sem títulos.
Já o Houston, que bateu a equipe da Flórida na final, por 4 a 0,
contava com apenas um troféu.
No entanto a equipe comandada
na quadra pelo pivô Hakeem Olajuwon era a atual campeã e tentava reprisar sua conquista.
Vencedor em 1998/99, o San
Antonio não confirmou o título
na temporada seguinte. Sua
maior glória ficou apagada por
dois fatores principais.
Primeiro, o título veio entre as
conquistas de dois supertimes, o
Chicago Bulls de Michael Jordan e
Scottie Pippen, dirigido por Phil
Jackson, e o Los Angeles Lakers
de Shaquille O'Neal e Kobe
Bryant, sob o comando do mesmo treinador. O time de Jordan
acumulou seis troféus na década
de 90 (1991, 92, 93, 96, 97 e 98). Já o
de O'Neal conseguiu três títulos
recentemente (2000, 01 e 02).
Para completar, o torneio de
1998/99 foi um dos mais complicadas da história da liga.
Devido aos impasses na negociação de um novo acordo trabalhista com os jogadores, a NBA fez
um torneio mais enxuto, com 32
partidas a menos para cada time
na temporada regular, que começou com três meses de atraso.
"Todos os que falam que aquele
campeonato foi mais fraco ficariam contentes se o tivessem conquistado. Isso [temporada mais
curta] não diminui o meu anel de
campeão", afirma Tim Duncan.
Para repetir o feito, o time do
ala-pivô já mostrou méritos. Fez a
melhor campanha da primeira fase e eliminou Phoenix (4 a 2), LA
Lakers (4 a 2) e Dallas (4 a 2).
Duncan, eleito o MVP (jogador
mais valioso) nas duas últimas
temporadas da NBA, foi o principal nome no mais difícil confronto da Conferência Oeste, contra o
Los Angeles, que encerrou a dinastia da equipe da Califórnia.
O atleta foi o cestinha do San
Antonio em cinco e o reboteiro
em quatro dos seis duelos contra
a equipe de Phil Jackson.
"Neste ano trabalhamos duro
para ganhar. Parece que faz muito tempo [que o time foi campeão], mas agora estamos de volta e vamos ganhar um título real",
diz Duncan, caindo em contradição em relação ao valor da conquista de quatro anos atrás.
Um título neste ano também representaria muito para outra estrela do San Antonio. O pivô David Robinson, 37, deve se despedir das quadras após o fim do
campeonato. "Tenho jogado nos
últimos anos para ganhar [o título]. Será o auge de um sonho, algo
muito grande", conta Robinson,
considerado um dos melhores pivôs da história da NBA.
Azarão na disputa, o New Jersey
não joga há 11 dias. Para chegar à
final, a equipe do armador Jason
Kidd trilhou um caminho mais
fácil do que o de seu rival.
Sua maior dificuldade foi contra o Milwaukee, ainda na primeira rodada dos mata-matas (4 a 2).
Depois, eliminou Boston (4 a 0) e
Detroit (4 a 0). O time não perde
desde o dia 26 de abril.
"O intervalo foi bom para nos
recuperarmos. Só é preciso continuar focado mentalmente. Quando você está jogando bem, não
quer parar", conta Kidd, que
aproveitou a folga para melhorar
de uma lesão no tornozelo.
Caso não seja campeão, o armador pode deixar o New Jersey e se
transferir justamente para o rival.
NA TV - ESPN International,
ao vivo, às 21h30
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