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Maratona de SP só aquece luta por vaga no Pan Americano-07
Lenta, prova serve de preparação para eventos do 2º semestre na Europa
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Principal prova de 42,195 km
do país, a Maratona de São Paulo de hoje servirá só como preparação na disputa por índice
para o Pan do Rio-2007.
Nenhum brasileiro espera
um tempo significativo -a luta
por índice começou em janeiro.
É no segundo semestre, e bem
longe daqui, que os fundistas
sonham com boas marcas.
"Vou correr em um tempo
real, sem forçar o ritmo. Espero
terminar em 2h18min", diz José Teles, campeão em 2005.
É marca modesta, que não o
colocaria entre os 294 melhores tempos do ano -não há brasileiros na relação da Iaaf (entidade que comanda o esporte).
Teles mira mesmo é a polpuda premiação -para os padrões
nacionais- de R$ 12 mil. "Espero fazer uma maratona na
Europa no segundo semestre.
Lá quero conseguir marca para
o Pan", afirma o maratonista.
Os dois atletas que detiverem
os melhores tempos do país até
22 de abril de 2007 irão participar do evento carioca.
Considerada lenta e de percurso acidentado, a prova paulistana costuma também prejudicar o desempenho dos atletas
por causa de clima e temperatura. "Neste ano, se a temperatura for mantida, dá para fazer
uma boa prova", fala Franck
Caldeira, outro dos brasileiros
favoritos, vencedor em 2004.
Caldeira tenta melhorar seu
tempo a partir de setembro, nas
maratonas de Berlim, Amsterdã ou Ottawa. "Ainda não fechamos qual ele irá participar",
diz o técnico Henrique Viana.
Em São Paulo, o trajeto, ao
menos, terá um aclive a menos.
A competição entrará no Jóquei, evitando uma subida próxima à USP. Mas, mesmo com
temperatura boa -máxima de
25C-, ninguém acredita na
quebra do recorde do evento.
O melhor índice nas ruas de
São Paulo pertence, desde
2004, a Vanderlei Cordeiro de
Lima, com 2h11min19s.
No feminino, a prova ficou
enfraquecida com a ausência
de Márcia Narloch, tricampeã
em São Paulo (1999, 2000 e
2005). A catarinense sentiu
uma inflamação no nervo ciático e abriu mão da disputa.
"É a minha mais forte adversária", disse a queniana Margareth Karie, campeã em 2004,
antes de saber da desistência.
A trupe queniana também
corre desfalcada. Haverá só
quatro representantes do país.
Além de Karie no feminino, o
masculino terá a presença de
Benjamin Kiptarus, Rotich Solomon e Charles Korir, que corre sua primeira maratona.
Outro estreante em provas
de 42,195 km é Paulo Luiz dos
Santos Filho. O paraibano, 24,
ganhou uma bicicleta em 2005
ao vencer uma prova em seu
Estado. Vendeu o prêmio e seguiu de ônibus até Petrópolis,
onde pediu vaga na Pé de Vento, equipe de Caldeira. "Ele iria
estrear na Maratona de Porto
Alegre. Como vem treinando
bem, optamos por colocá-lo para correr aqui", conta Viana.
NA TV - Maratona de São Paulo
Globo, ao vivo, a partir das 9h
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