São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009

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Fifa deixa imigrantes optarem por time natal

DA REPORTAGEM LOCAL

Em votação surpreendente, a Fifa deu aos jogadores que possuem dupla nacionalidade a chance de atuar por seus países de origem mesmo que já tenham defendido, nas categorias de base, outras seleções.
Congresso da entidade encerrado ontem, nas Bahamas, derrubou, com 58% dos votos, o limite de 21 anos para que os atletas indicassem por qual nação jogariam caso fossem convocados por seleções adultas.
A mudança nas regras não atinge nenhum jogador que já tenha disputado uma partida com uma seleção adulta -portanto, a Fifa manteve em vigor a proibição de troca de países.
O pedido da mudança foi feito pela Associação de Futebol da Argélia e, na prática, deverá atingir em cheio a maioria dos países africanos, que convivem com a frequente migração de seus cidadãos para a Europa, notadamente para a França.
Vários africanos filhos de imigrantes (e com dupla nacionalidade) defendem seleções nacionais europeias nas categorias de base. O limite era um entrave porque muitos deles não manifestavam sua opção e, automaticamente, ficavam vinculados ao país que os convocou quando ainda atuavam nas categorias de base.
É o caso do argelino Mourad Meghni, da Lazio. Ele jogou nos times sub-17 e sub-21 da França, mas jamais foi chamado pelo técnico Raymond Domenech para a equipe principal.
O congresso da Fifa também reservou parte de sua programação para discutir a violência nos estádios de futebol. A entidade diz que, só no ano passado, 31 pessoas morreram em episódios provocados por superlotação nos campos.
"As nações precisam parar de tratar os torcedores como prisioneiros ou animais selvagens, usando grades para contê-los nos estádios", disse Joseph Blatter, presidente da Fifa.
O congresso não deliberou sobre o plano de limitar a cinco os estrangeiros que podem ser escalados numa formação titular, assim como a redução da idade máxima para a participação nos Jogos Olímpicos.


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