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Fifa deixa imigrantes optarem por time natal
DA REPORTAGEM LOCAL
Em votação surpreendente, a
Fifa deu aos jogadores que possuem dupla nacionalidade a
chance de atuar por seus países
de origem mesmo que já tenham defendido, nas categorias de base, outras seleções.
Congresso da entidade encerrado ontem, nas Bahamas,
derrubou, com 58% dos votos, o
limite de 21 anos para que os
atletas indicassem por qual nação jogariam caso fossem convocados por seleções adultas.
A mudança nas regras não
atinge nenhum jogador que já
tenha disputado uma partida
com uma seleção adulta -portanto, a Fifa manteve em vigor
a proibição de troca de países.
O pedido da mudança foi feito pela Associação de Futebol
da Argélia e, na prática, deverá
atingir em cheio a maioria dos
países africanos, que convivem
com a frequente migração de
seus cidadãos para a Europa,
notadamente para a França.
Vários africanos filhos de
imigrantes (e com dupla nacionalidade) defendem seleções
nacionais europeias nas categorias de base. O limite era um
entrave porque muitos deles
não manifestavam sua opção e,
automaticamente, ficavam vinculados ao país que os convocou quando ainda atuavam nas
categorias de base.
É o caso do argelino Mourad
Meghni, da Lazio. Ele jogou nos
times sub-17 e sub-21 da França, mas jamais foi chamado pelo técnico Raymond Domenech
para a equipe principal.
O congresso da Fifa também
reservou parte de sua programação para discutir a violência
nos estádios de futebol. A entidade diz que, só no ano passado, 31 pessoas morreram em
episódios provocados por superlotação nos campos.
"As nações precisam parar de
tratar os torcedores como prisioneiros ou animais selvagens,
usando grades para contê-los
nos estádios", disse Joseph
Blatter, presidente da Fifa.
O congresso não deliberou
sobre o plano de limitar a cinco
os estrangeiros que podem ser
escalados numa formação titular, assim como a redução da
idade máxima para a participação nos Jogos Olímpicos.
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