São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Após 16 anos, atletismo pode ver o fim de reinado de equipe

BM&F, campeã de evento desde 1993, sofre a concorrência do Grupo Rede

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem mais ser a última alternativa para obter índice para o Mundial, o Troféu Brasil de atletismo, que começa hoje, no Rio, perderia importância.
No entanto, não é o que ocorre. A partir de hoje, haverá disputa de fato pelo título. A paulistana BM&F, dona de hegemonia no evento há 16 anos, e a Rede Atletismo, de Bragança Paulista, se digladiarão, raia a raia, pela taça, que é equivalente ao Brasileiro da modalidade.
"Vai ser uma disputa ponto a ponto. A gente está levando em conta que o título será decidido nas finais do 4 x 400 m", diz Marcos Coreno, diretor técnico da Rede, referindo-se às provas que fecham o programa do Troféu Brasil, no domingo.
Para ameaçar a rival, o Grupo Rede, mantenedor da equipe, foi buscar na BM&F alguns de seus destaques. São os casos de Maurren Maggi, campeã olímpica de salto em distância em Pequim-2008, Keila Costa, bronze no salto triplo no Mundial juvenil-2002, e Kleberson Davide, sétimo atleta mais rápido nos 800 m neste ano.
Apesar de enfraquecida, a equipe paulistana ostenta estrelas como Fabiana Murer, bronze no salto com vara no Mundial indoor-2008, e Marilson dos Santos, bicampeão da Maratona de Nova York.
"Vai ser uma disputa grande. Eles [Rede] estão muito fortes e estão fazendo tudo para ganhar", afirma Sérgio Coutinho Nogueira, diretor da BM&F.
"Mas algumas coisas não são benéficas ao esporte. Não são nossa política", acrescenta o dirigente, referindo-se ao fato de o rival ter contratado alguns atletas especificamente para a disputa do Troféu Brasil.
Com os reforços, a Rede formou a equipe mais numerosa que irá competir no estádio do Engenhão, que foi palco do atletismo no Pan do Rio-2007.
O time de Bragança terá 91 atletas (49 homens e 42 mulheres). A BM&F não fica tão atrás, com 85 integrantes (45 no masculino e 40 no feminino).
Mas não é só no número que a Rede demonstra poder. A direção da equipe decidiu premiar com R$ 100 cada ponto que for obtido por seus atletas no troféu. Assim, até quem for oitavo colocado em sua prova receberá algum benefício.
No total, o time planeja desembolsar entre R$ 60 mil e R$ 80 mil em premiação.
"Também vamos dar uma joia, de ouro branco e rubi, para nossas atletas que baterem o recorde do Troféu Brasil", diz Coreno, que estuda premiação semelhante para os homens.
Mais modesta nos prêmios, a BM&F estabeleceu incentivo só para quem subir ao pódio. Os campeões levarão R$ 1.000.


Texto Anterior: Matemática: Treinador faz cálculo para manter time da baixada no G4
Próximo Texto: Ibirapuera: Fechamento de pista é adiado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.