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Após 16 anos, atletismo pode ver o fim de reinado de equipe
BM&F, campeã de evento desde 1993, sofre a concorrência do Grupo Rede
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem mais ser a última alternativa para obter índice para o
Mundial, o Troféu Brasil de
atletismo, que começa hoje, no
Rio, perderia importância.
No entanto, não é o que ocorre. A partir de hoje, haverá disputa de fato pelo título. A paulistana BM&F, dona de hegemonia no evento há 16 anos, e a
Rede Atletismo, de Bragança
Paulista, se digladiarão, raia a
raia, pela taça, que é equivalente ao Brasileiro da modalidade.
"Vai ser uma disputa ponto a
ponto. A gente está levando em
conta que o título será decidido
nas finais do 4 x 400 m", diz
Marcos Coreno, diretor técnico
da Rede, referindo-se às provas
que fecham o programa do Troféu Brasil, no domingo.
Para ameaçar a rival, o Grupo
Rede, mantenedor da equipe,
foi buscar na BM&F alguns de
seus destaques. São os casos de
Maurren Maggi, campeã olímpica de salto em distância em
Pequim-2008, Keila Costa,
bronze no salto triplo no Mundial juvenil-2002, e Kleberson
Davide, sétimo atleta mais rápido nos 800 m neste ano.
Apesar de enfraquecida, a
equipe paulistana ostenta estrelas como Fabiana Murer,
bronze no salto com vara no
Mundial indoor-2008, e Marilson dos Santos, bicampeão da
Maratona de Nova York.
"Vai ser uma disputa grande.
Eles [Rede] estão muito fortes e
estão fazendo tudo para ganhar", afirma Sérgio Coutinho
Nogueira, diretor da BM&F.
"Mas algumas coisas não são
benéficas ao esporte. Não são
nossa política", acrescenta o dirigente, referindo-se ao fato de
o rival ter contratado alguns
atletas especificamente para a
disputa do Troféu Brasil.
Com os reforços, a Rede formou a equipe mais numerosa
que irá competir no estádio do
Engenhão, que foi palco do
atletismo no Pan do Rio-2007.
O time de Bragança terá 91
atletas (49 homens e 42 mulheres). A BM&F não fica tão atrás,
com 85 integrantes (45 no masculino e 40 no feminino).
Mas não é só no número que
a Rede demonstra poder. A direção da equipe decidiu premiar com R$ 100 cada ponto
que for obtido por seus atletas
no troféu. Assim, até quem for
oitavo colocado em sua prova
receberá algum benefício.
No total, o time planeja desembolsar entre R$ 60 mil e
R$ 80 mil em premiação.
"Também vamos dar uma
joia, de ouro branco e rubi, para
nossas atletas que baterem o
recorde do Troféu Brasil", diz
Coreno, que estuda premiação
semelhante para os homens.
Mais modesta nos prêmios, a
BM&F estabeleceu incentivo
só para quem subir ao pódio. Os
campeões levarão R$ 1.000.
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