São Paulo, quarta-feira, 04 de julho de 2001

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PAINEL FC

Sinal verde
A Globo aceitou ajudar o Clube dos 13 a bancar a Série B do Brasileiro-2001. Em reunião ontem no Rio entre Fábio Koff e Marcelo de Campos Pinto, ficou acertado que a Globosat poderia transmitir o torneio. Em troca, pagaria parte dos cerca de US$ 5 milhões necessários para custear o campeonato.

No lixo
Na reunião, ficou acertado também que o torneio teria que ser regionalizado. Com isso, a tabela já divulgada pela CBF para a "segundona" deve ir para o lixo. A Sport Promotion, organizadora da Copa João Havelange, ficou de refazer o projeto até o fim da semana.

Corpo a corpo
Integrantes da cúpula da CBF ligaram para presidentes de clubes e federações para "aconselhá-los" a não apoiar a reunião de oposição ao calendário quadrienal. O bloco é liderado por Eurico Miranda (Vasco), Carlos Alberto de Oliveira (Federação Pernambucana) e Eduardo Viana (Federação do Rio).

Sem quórum
Coincidência ou não, a primeira reunião do grupo foi um fracasso. Só os três compareceram. Mas eles não perdem a esperança: dizem que já têm quatro assinaturas de presidentes de federações -são necessárias nove- para convocar uma assembléia na CBF e derrubar o "calendário dos notáveis".

Para o Planalto
Luiz Estevão esteve ontem na rua da Alfândega acompanhando o presidente da Federação de Brasília, Weber Magalhães. O ex-senador tanto fez que conseguiu transferir para Brasília 14 jogos do Brasileiro e da Mercosul. Flamengo, Vasco, Corinthians e Palmeiras jogarão na capital federal.

Lobby
Estevão, cassado no ano passado por quebra de decoro parlamentar, aproveitou para fazer lobby no Departamento Técnico da entidade para assegurar a entrada de seu clube, o Brasiliense, na Série C do Brasileiro. E disse, à saída da CBF, que a vaga já estava no papo.

Cadeado
Até pessoas próximas a Luiz Felipe Scolari concordam com as críticas de amigos de Wanderley Luxemburgo de que empresários agiram livremente no Uruguai. E dizem que vão aconselhar o treinador a isolar os jogadores nas próximas concentrações da seleção.

Parceiros estremecidos
Corinthians e Cruzeiro, ambos parceiros do HMTF, já não falam a mesma língua. Os dirigentes corintianos andam irritadíssimos com a contratação de Rincón pelos mineiros. E culpam o rival pelo desastre nas duas últimas competições: sem João Carlos, ex-Cruzeiro, a história poderia ter sido outra.

Rivalidade
O vice-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, se defende. Diz que o Corinthians teve 40 dias para resolver a questão e não fechou negócio. E provoca: "Aqui na toca da Raposa não tem torcedor invadindo a concentração para tirar satisfação de jogador". O episódio tirou dos paulistas o atacante Edílson.

Sem negócio
Os mineiros dizem ainda que não estão dispostos a emprestar o goleiro Bosco ao Corinthians. "Ele está bem aqui. Ninguém nos procurou, mas ele é um jogador que interessa ao Carpegiani", afirma Perrella.

Obra de arte
Mesmo seis meses após o fim da parceria entre Palmeiras e Parmalat, as partes continuam se relacionando. Na festa do título do Etti, no sábado à noite, o palmeirense Mustafá Contursi foi homenageado e ganhou um quadro de um galo, mascote da equipe da Parmalat.

Terceira via
O Conselho Deliberativo do Santos criou uma chapa alternativa para as eleições presidenciais de dezembro. Descontentes com a gestão Marcelo Teixeira e preocupados com a possível volta de Samir Abdul-Hak, os conselheiros lançaram o nome de José Carlos Peres para dirigir o clube em 2002.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Eduardo José Farah, presidente da FPF, em entrevista ao "Diário Popular":
- A derrota [da seleção para o Uruguai] foi natural. Eu não gostaria de um time com 11 Rivaldos. Ele é muito ruim.

CONTRA-ATAQUE

Fora Felipão

Quem só conhece o histórico recente do técnico Luiz Felipe Scolari jamais imaginaria que ele um dia chegou a ser demitido por um clube. Mas isso aconteceu e, na verdade, acabou sendo ""o de menos".
O fato ocorreu só uma vez na carreira do atual treinador da seleção. Foi em 1983, quando treinava o Juventude (RS).
O time disputava com o Caxias (RS), seu maior rival, uma vaga nas finais do Gaúcho.
Depois de perder a primeira partida, Scolari acertou o time e, no segundo jogo, seus comandados atuaram melhor.
Só que, para a infelicidade do treinador e de toda a torcida do Juventude, o time foi novamente derrotado.
O que mais revoltou a diretoria do Juventude nem foi a eliminação, mas a forma como ela aconteceu. O Caxias venceu com um gol aos 40min do segundo tempo. Marcado de cabeça. E de fora da área.
Resultado: o time de Felipão ficou fora do torneio e, como "prêmio", o técnico foi para bem longe dos ares da serra gaúcha.



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