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São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2003

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TÊNIS

Semifinal masculina em Londres só terá atletas que nunca triunfaram em Grand Slam, fato que não ocorre desde 1998

Wimbledon caminha para a renovação

Dave Caulkin/Associated Press
O americano Andy Roddick, que hoje enfrenta o suíço Roger Federer na disputa por uma vaga na final de Wimbledon, rebate na partida com o sueco Jonas Bjorkman


DA REPORTAGEM LOCAL

A atual edição de Wimbledon segue o caminho da renovação.
Pela primeira vez desde Roland Garros-98, as semifinais masculinas de um Grand Slam reúnem quatro tenistas que nunca foram campeões de um torneio da série mais importante do tênis.
De um lado da chave se enfrentam o americano Andy Roddick, sexto do ranking da ATP, e o suíço Roger Federer, quinto.
Do outro, aparecem o francês Sebastien Grosjean, 14º, e o australiano Mark Philippoussis, 48º.
Além das semifinais na grama de Wimbledon, os quatro tenistas também apresentam outro fato comum no currículo: foram líderes do ranking júnior (18 anos).
A renovação fica mais visível no segundo jogo de hoje na quadra central, entre Roddick e Federer.
O americano, de 20 anos, foi número um da lista em 2000. Federer, 21, atingiu o posto dois anos antes, quando conquistou os títulos de simples e duplas de Wimbledon na categoria.
"É uma grande chance para nós dois", afirmou Federer, que tem vantagem de 3 a 0 no confronto direto com Roddick. "Será um jogo que todos estão esperando. Ele já esteve em uma semifinal [de Grand Slam] antes, eu não."
Roddick esteve entre os quatro melhores no Aberto da Austrália. Agora com técnico novo, Brad Gilbert (ex de Andre Agassi), aprimorou seu estilo de jogo.
"Estou tentando colocar mais a bola em quadra", afirmou ele, que antes procurava definir os pontos de maneira rápida.
Mesmo com o estilo mais precavido, o americano foi quem menos tempo permaneceu em quadra nas quartas-de-final. Ele despachou o sueco Jonas Bjorkman, 31, por 3 a 0 (6/4, 6/2 e 6/4) em uma hora e 32 minutos.
Federer gastou seis minutos a mais para bater o holandês Sjeng Schalken por 3 a 0 (6/3, 6/4 e 6/4).
O outro jogo terá atletas mais experientes, que já estiveram perto do título de um Grand Slam e que agora têm nova chance.
Número um júnior em simples e duplas em 1996, Grosjean, 25, foi semifinalista em 2001 no Aberto da Austrália e em Roland Garros. Na Oceania, caiu diante do compatriota Arnaud Clement após vencer os dois primeiros sets e desperdiçar dois match points.
Grosjean chegou à semifinal em Wimbledon ao derrotar a maior esperança local, Tim Henman, por 3 a 1 (7/6, 3/6, 6/3 e 6/4).
Questionado se realmente acha que pode vencer desta vez, o francês disse confiar em seu retrospecto na grama. "Eu bati o Lleyton [Hewitt] em Queen's, e ele ganhou aqui no ano passado. Então acho que tenho chances."
Philippoussis, líder do ranking júnior de duplas em 1994, foi finalista do Aberto dos EUA em 1998 -caiu diante do compatriota Patrick Rafter, hoje aposentado.
Em Londres, após perder os dois primeiros sets, o australiano eliminou o alemão Alexander Popp por 4/6, 4/6, 6/3, 6/3 e 8/6.
"Meu Deus, parece que foi 20 anos atrás", afirmou ele sobre a final de 98. Desde então, passou por vários problemas físicos.


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