São Paulo, terça-feira, 04 de julho de 2006

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Datafolha na Copa

Melhor que o "catenaccio'

FABIO TURA
DO DATAFOLHA

Faz quatro décadas, mas a Itália segue a receita à risca até hoje. Desde a ascensão do "catenaccio", sistema de jogo baseado na marcação, aplicação tática e força, a Azzurra quase sempre calcou suas táticas no futebol defensivo.
Só que em nenhuma ocasião a seleção teve tamanho sucesso como na atual Copa.
Com apenas um gol sofrido em seis jogos (média de 0,20), a Azzurra que joga na Alemanha tem a melhor defesa de sua história, superando as atuações de 1990 (0,29) e 1998 (0,40 gol por partida).
Mais: a única vez que a bola ultrapassou a meta de Buffon foi em um gol contra, no empate de 1 a 1 com os EUA.
E a equipe vai bem na defesa mesmo sem cometer faltas.
A Itália teve dois expulsos nesta Copa, mas, no geral, joga limpo: é a segunda que menos comete infrações (14,2).
Um grande contraste com 2002, quando foi a terceira que mais bateu (21,5 faltas por partida). E agora ela é a que mais apanha (24).
O volante Gattuso, 28, do Milan, escolhido pela Fifa como o melhor na partida contra a Ucrânia, simboliza este novo estilo. Ele é quem mais bate no time, cometendo 2,3 faltas por jogo, mas é o 12º que mais sofre faltas (3,8) no ranking geral da Copa.
O estilo de jogo da Itália já funcionou contra a Alemanha: foi no amistoso entre as duas seleções em março, que acabou 4 a 1 para os italianos.


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