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Datafolha na Copa
Melhor que o "catenaccio'
FABIO TURA
DO DATAFOLHA
Faz quatro décadas, mas a
Itália segue a receita à risca
até hoje. Desde a ascensão do
"catenaccio", sistema de jogo
baseado na marcação, aplicação tática e força, a Azzurra
quase sempre calcou suas táticas no futebol defensivo.
Só que em nenhuma ocasião a seleção teve tamanho
sucesso como na atual Copa.
Com apenas um gol sofrido
em seis jogos (média de 0,20),
a Azzurra que joga na Alemanha tem a melhor defesa de
sua história, superando as
atuações de 1990 (0,29) e
1998 (0,40 gol por partida).
Mais: a única vez que a bola
ultrapassou a meta de Buffon
foi em um gol contra, no empate de 1 a 1 com os EUA.
E a equipe vai bem na defesa mesmo sem cometer faltas.
A Itália teve dois expulsos
nesta Copa, mas, no geral, joga limpo: é a segunda que menos comete infrações (14,2).
Um grande contraste com
2002, quando foi a terceira
que mais bateu (21,5 faltas
por partida). E agora ela é a
que mais apanha (24).
O volante Gattuso, 28, do
Milan, escolhido pela Fifa como o melhor na partida contra a Ucrânia, simboliza este
novo estilo. Ele é quem mais
bate no time, cometendo 2,3
faltas por jogo, mas é o 12º
que mais sofre faltas (3,8) no
ranking geral da Copa.
O estilo de jogo da Itália já
funcionou contra a Alemanha: foi no amistoso entre as
duas seleções em março, que
acabou 4 a 1 para os italianos.
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