São Paulo, quarta-feira, 04 de julho de 2007

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Promessa desponta, e Palmeiras engrena

Luís marca pela primeira vez, ajuda no segundo gol, e time ganha a 2ª seguida

Palmeiras 2
América-RN 0

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O discurso de Caio Júnior era colocar em campo um time com atitude do início ao fim para voltar a vencer em casa.
Na verdade, a regra foi cumprida à risca somente nos 45 minutos iniciais, mas foi suficiente para selar uma vitória definida como um divisor de águas entre a crise que assolou o clube nas últimas semanas e a retomada no Brasileiro. "Vencemos um clássico importante e hoje [ontem] jogamos com autoridade para ganhar dentro de casa e somar mais três pontos", afirmou o treinador.
Na vitória de 2 a 0 sobre o América-RN, o Palmeiras ainda viu desabrochar uma promessa: o jovem atacante Luís, 20, que coroou sua atuação com um gol e uma bela participação.
"Essa torcida é maravilhosa. Nem sei o que senti na hora. Foi muita felicidade", falou o atacante, que na volta da comemoração beijou o escudo do time que fica no gramado.
O triunfo, que levou o Palmeiras aos 14 pontos, fez ainda o time quebrar uma incômoda escrita de falhar em casa.
A última vitória no Parque Antarctica tinha sido na segunda rodada, nos 2 a 1 sobre o Figueirense no dia 20 de maio. Depois vieram três tropeços (derrotas para Cruzeiro e Atlético-PR, além do empate contra o Botafogo) que afastaram o time dos líderes do Nacional.
O desafio do Palmeiras agora é como visitante. No sábado, a equipe viaja a Recife para pegar o Náutico, nos Aflitos. Já o América, que segue na lanterna, pega o Paraná, em Curitiba.
Se até ontem a torcida tinha motivos para ficar ressabiada, logo de cara a impressão deixada pela equipe foi satisfatória.
Com uma marcação forte e velocidade com a posse de bola, o Palmeiras logo encurralou o América. E, aos 19min, Luís abriu o placar em cabeçada depois de escanteio.
A emoção do novo xodó empolgou mais ainda o torcedor, que voltou a vibrar, aos 30min, desta vez com um gol de Caio em arrancada. O detalhe é que a jogada do segundo gol nasceu graças à insistência de Luís em atrapalhar a saída de bola rival.
Com a partida na mão, o Palmeiras seguia perdendo chances. Pelo lado do América, quem chamou a atenção foi o atacante Frontini. Nervoso, ele teve de ser substituído pelo técnico Marcelo Veiga ainda no primeiro tempo por Luciano Dias para não ser expulso.
Na volta do intervalo a expectativa era de uma goleada. Mas a postura do América, que adiantou a marcação, e a estratégia do Palmeiras de esperar o adversário no seu campo mudaram o panorama da partida.
O jogo ficou truncado, o time potiguar começou a criar chances, e a torcida começou a temer por um novo tropeço dentro do Parque Antarctica.
O meia Souza passou a articular as jogadas no meio, e o América perdeu pelo menos duas chances claras de marcar seu gol e, possivelmente, complicar a vida do Palmeiras.
Sentindo o seu time sem forças, Caio Jr. decidiu colocar Leandro no lugar de Valmir -já havia perdido Dininho, lesionado, que deu sua vaga a Edmílson- e passou a apostar nos contra-ataques com Luís e Deyvid, outro jogador que entrou no final para dar mais movimentação e posse de bola para segurar a vantagem.


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