São Paulo, sexta-feira, 04 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PEQUIM 2008 / A GRAÇA DO ESPORTE

TÊNIS DE MESA E BADMINTON


Velocidade máxima

Rapidez da bolinha e da peteca desafia praticantes das modalidades nos Jogos

FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL

O olho tenta acompanhar a velocidade da peteca, que pode chegar a 260 km/h de um lado para outro da quadra. Diante de tamanha rapidez, o instinto fala mais alto para acertar o golpe e não perder a jogada.
No badminton, em que a peteca é usada, e no tênis de mesa, com a bolinha de apenas 2,7 g também atingindo altas velocidades, o atleta precisa aprimorar seus instintos para dar prosseguimento aos lances.
Não basta apenas (tentar) ter o olhar certeiro para seguir os lances da partida. É necessário desenvolver uma espécie de sexto sentido para -ou tentar, de novo- antecipar a trajetória da bolinha e da peteca. E estar com o reflexo em dia.
A velocidade acompanha esses dois esportes. O atleta precisa se acostumar com ela desde que começa a praticá-los. Do contrário, não encontrará sucesso na empreitada.
O tênis de mesa é considerado, dos esportes com bola, o mais veloz. A cortada pode alcançar 200 km/h. Com isso, o tempo de reação para o jogador que está na defesa é ínfimo. A bola chega à quadra do defensor num piscar de olhos.
Outro fator complica a vida dos mesa-tenistas. É o efeito que a bola pode tomar em cada jogada. De acordo com a batida da raquete -algo que é bastante treinado e seguido principalmente pelos chineses, reis da modalidade-, a bola adquire rotações diferentes. Como sempre, a idéia é complicar ao máximo a vida do adversário.
Efeitos são usados tanto no saque quanto na continuação de uma jogada da partida. Na maioria das vezes, quem o executa é bem-sucedido.
Até por conta da velocidade, badminton e tênis de mesa exigem técnica, o elemento que talvez faça a maior diferença a favor de um dos lados numa partida. Pela técnica, o jogador consegue aproveitar todos os seus recursos em uma jogada, inclusive a rapidez dos golpes. Aprende o exato momento em que pode tirar proveito com a aceleração da bolinha.
Para tornar o jogo mais atrativo, o tênis de mesa sofreu mudanças de regras há oito anos. O tamanho da bolinha aumentou, e o saque passou por alterações também. Os sets passaram a ser disputados em 11 pontos, em vez dos antigos 21, sempre com a exigência de pelo menos dois pontos de diferença em prol do ganhador da parcial.
Os dois esportes têm tradição em países asiáticos, que dominam a distribuição das medalhas olímpicas. No caso do tênis de mesa, é comum ver chineses naturalizados que competem por outros países. É uma chance de medalha.
São os chineses os favoritos aos pódios em casa. À base da velocidade, eles tentarão desbancar os adversários e confirmar sua supremacia em Pequim. Com efeito nas bolinhas e talento na peteca, os anfitriões dos Jogos Olímpicos apostam nas modalidades para alcançar o topo.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.