|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PEQUIM 2008 / A GRAÇA DO ESPORTE
TÊNIS DE MESA E BADMINTON
Velocidade máxima
Rapidez da bolinha e da peteca desafia
praticantes das modalidades nos Jogos
FABIO GRIJÓ
DA REPORTAGEM LOCAL
O olho tenta acompanhar a
velocidade da peteca, que pode
chegar a 260 km/h de um lado
para outro da quadra. Diante de
tamanha rapidez, o instinto fala mais alto para acertar o golpe
e não perder a jogada.
No badminton, em que a peteca é usada, e no tênis de mesa,
com a bolinha de apenas 2,7 g
também atingindo altas velocidades, o atleta precisa aprimorar seus instintos para dar
prosseguimento aos lances.
Não basta apenas (tentar) ter
o olhar certeiro para seguir os
lances da partida. É necessário
desenvolver uma espécie de
sexto sentido para -ou tentar,
de novo- antecipar a trajetória
da bolinha e da peteca. E estar
com o reflexo em dia.
A velocidade acompanha esses dois esportes. O atleta precisa se acostumar com ela desde que começa a praticá-los. Do
contrário, não encontrará sucesso na empreitada.
O tênis de mesa é considerado, dos esportes com bola, o
mais veloz. A cortada pode alcançar 200 km/h. Com isso, o
tempo de reação para o jogador
que está na defesa é ínfimo. A
bola chega à quadra do defensor num piscar de olhos.
Outro fator complica a vida
dos mesa-tenistas. É o efeito
que a bola pode tomar em cada
jogada. De acordo com a batida
da raquete -algo que é bastante treinado e seguido principalmente pelos chineses, reis da
modalidade-, a bola adquire
rotações diferentes. Como
sempre, a idéia é complicar ao
máximo a vida do adversário.
Efeitos são usados tanto no
saque quanto na continuação
de uma jogada da partida. Na
maioria das vezes, quem o executa é bem-sucedido.
Até por conta da velocidade,
badminton e tênis de mesa exigem técnica, o elemento que
talvez faça a maior diferença a
favor de um dos lados numa
partida. Pela técnica, o jogador
consegue aproveitar todos os
seus recursos em uma jogada,
inclusive a rapidez dos golpes.
Aprende o exato momento em
que pode tirar proveito com a
aceleração da bolinha.
Para tornar o jogo mais atrativo, o tênis de mesa sofreu mudanças de regras há oito anos. O
tamanho da bolinha aumentou,
e o saque passou por alterações
também. Os sets passaram a ser
disputados em 11 pontos, em
vez dos antigos 21, sempre com
a exigência de pelo menos dois
pontos de diferença em prol do
ganhador da parcial.
Os dois esportes têm tradição em países asiáticos, que dominam a distribuição das medalhas olímpicas. No caso do
tênis de mesa, é comum ver
chineses naturalizados que
competem por outros países. É
uma chance de medalha.
São os chineses os favoritos
aos pódios em casa. À base da
velocidade, eles tentarão desbancar os adversários e confirmar sua supremacia em Pequim. Com efeito nas bolinhas e talento na peteca, os anfitriões dos Jogos Olímpicos
apostam nas modalidades para
alcançar o topo.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|