Ketleyn Quadros enfrenta judoca que a tirou da disputa da final em Pequim

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica em provas individuais, a judoca Ketleyn Quadros vai tentar a revanche hoje contra a holandesa Deborah Gravenstijn, que a tirou da disputa da medalha de ouro nos Jogos de Pequim.
A brasiliense de 21 anos é uma das atrações do primeiro dia do Grand Slam de judô, que será disputado no ginásio do Maracanãzinho até amanhã. O torneio vale pontos para o ranking mundial. A partir do ano que vem, o ranking servirá para definir a classificação olímpica.
""Não gosto muito desse clima de revanche, mas vou fazer de tudo parar vencer aqui no Brasil. Será a primeira vez que vamos nos enfrentar desde Pequim. Cada competição é uma história, e não fico pensando no que passou", despistou Ketleyn, que derrotou a australiana Maria Pekli na disputa pelo bronze na Olimpíada chinesa.
Além de US$ 150 mil em prêmio para ser dividido entre os judocas, o Grand Slam distribui 300 pontos para quem faturar a medalha de ouro -a de prata rende 180, e a de bronze, 120. O Brasil é a terceira fase do Grand Slam. A competição já foi disputada nesta temporada em Paris e em Moscou. A última etapa será em Tóquio.
Os mais bem colocados ao término das quatro etapas vão disputar o Master, em janeiro, na Coreia do Sul. O Grand Slam entrou neste ano no calendário mundial de judô.
Desconhecida até Pequim, Ketleyn decidiu dar prioridade aos treinos de golpes para permanecer entre as melhores. ""Estou treinando mais velocidade para continuar surpreendendo", afirmou a judoca, que treina no Minas Tênis Clube.
Além de Ketleyn, o gaúcho João Derly participará do primeiro dia de disputa do Grand Slam. Bicampeão mundial, Derly é a principal esperança de vitória do Brasil.
Com quatro brasileiros por categoria, o país terá o maior número de judocas. No total, serão mais de 200 atletas, de 24 países. Amanhã, Tiago Camilo, prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008, compete.