São Paulo, domingo, 04 de julho de 2010

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Gaúchos largam à frente na sucessão

CBF pretende manter estilo disciplinador de Dunga na seleção, e Scolari e Mano Menezes estão nesse perfil

DOS ENVIADOS A PORT ELIZABETH

Dunga é gaúcho. O favorito para tomar seu lugar também, assim como o azarão para assumir a seleção brasileira depois do fracasso na Copa do Mundo da África.
A CBF quer alguém com mais tato para se relacionar com a imprensa, especialmente com a TV Globo, com quem Dunga passou quase os quatro anos de sua gestão, especialmente os dois últimos, se estranhando.
Mas a entidade também deseja alguém que mantenha o jeito disciplinador.
O principal alvo de Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, é Luiz Felipe Scolari.
Para o dirigente, ele é o nome mais indicado para suportar o que considera ser o trabalho mais duro que um técnico da seleção terá: a pressão de comandar o Brasil em casa, na Copa de 2014.
Antes mesmo da eliminação desta Copa, Teixeira procurou saber como era o acordo entre Scolari e Palmeiras.
No entanto, o técnico afirmou que não retorna pensando em assumir a seleção.
"Não é por essa razão que volto ao Brasil e ao Palmeiras. Volto porque é um clube que marcou a minha carreira e por uma situação familiar que também me interessa", disse Scolari à ESPN Brasil.
"Volto pensando só no Palmeiras. Naturalmente que, depois de meu contrato terminar, se alguém se interessar, [assumirei] alguma seleção para a classificação ou para o Mundial de 2014."
"Seria maravilhoso encerrar a carreira de treinador na Copa de 2014, com uma seleção, conseguindo a classificação e disputando um bom Mundial. Mas hoje não existe Copa, não existem seleções, não existe nada. Só tem o Palmeiras, que é o meu foco no momento, e penso em fazer um grande trabalho lá."
Corre por fora o nome de Mano Menezes, outro gaúcho. Ele é defendido por cartolas paulistas, que hoje estão próximos de Teixeira.
Andres Sanchez, o presidente corintiano, que antes de a Copa começar se dizia pé-frio, foi o chefe da delegação no Mundial de 2010.
A defesa do estilo gaúcho por Teixeira ficou clara após a eliminação para a Holanda.
Ao contrário de 2006, quando, comandada por Carlos Alberto Parreira, a seleção se desintegrou após perder para a França nas quartas, o cartola reuniu o grupo após a derrota de anteontem e agradeceu pelo empenho.

PREFERÊNCIA
Assim, os gaúchos são, pela ótica dos cartolas, mais disciplinadores e estão na frente na disputa pelo cargo, deixando para trás gente antes bem cotada na CBF, especialmente Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho.
A seleção volta a campo já no próximo mês, quando faz amistoso contra os EUA.
De acordo com a CBF, praticamente nenhum jogador que esteve na Copa será convocado. (EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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