São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2011

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Inspiração zero

Brasil fracassa na estreia oficial de Mano Menezes, falha nos arremates e deixa estádio sob vaias

Brasil 0

Venezuela 0

Ricardo Nogueira/Folhapress
Alexandre Pato lamenta chance perdida em La Plata

MARTÍN FERNANDEZ
SÉRGIO RANGEL

ENVIADOS ESPECIAIS A LA PLATA

A seleção brasileira fracassou em seu primeiro teste oficial sob o comando do treinador Mano Menezes. Na estreia da Copa América, o Brasil não passou de um empate sem gols com a Venezuela. No sábado, enfrenta o Paraguai, em Córdoba, pelo Grupo B do torneio.
O esquema ofensivo do Brasil, com Ganso como maestro, três atacantes e laterais apoiadores, foi neutralizado pela Venezuela.
Pelo menos no primeiro tempo, chances não faltaram. Mas sobrou displicência. Neymar recebeu livre logo no início, mas, em vez de chutar, preferiu tentar outro drible. Acabou desarmado.
Robinho também teve sua oportunidade. Recebeu de Neymar e bateu cruzado, fraco. A bola passou por Vega, mas o zagueiro Vizcarrondo salvou com o ombro.
A seleção não chegou a correr riscos, mas se expôs demais no primeiro tempo.
Thiago Silva, desprotegido, teve que parar com falta um contra-ataque venezuelano em que Rondón sairia na cara de Júlio César. O beque levou cartão amarelo.
O segundo tempo do Brasil foi ainda pior. Robinho e Neymar insistiram muito em buscar o meio, sempre congestionado de marcadores.
Os laterais Daniel Alves e André Santos tampouco ajudaram os atacantes.
Ganso, que deu bons passes no primeiro tempo, apagou. Foi engolido pela marcação venezuelana.
Houve momentos em que a Venezuela dominava, e o Brasil tentava sair nos contra-ataques. Num deles, Pato furou dentro da área após cruzamento de Ramires. Mano então chamou Fred.
Mas quem saiu para a entrada do atacante do Fluminense foi Robinho, não Pato.
A seleção passou a jogar de uma maneira inédita, com uma formação jamais treinada ou testada em amistosos: com dois centroavantes.
Com frequência, Pato e Fred ocupavam o mesmo espaço no ataque. A Venezuela criava as melhores chances.
A torcida brasileira, que fazia menos barulho que os rivais, só se manifestou para pedir o são-paulino Lucas.
O mesmo havia ocorrido nos dois últimos amistosos do Brasil, no mês passado.
Mano corrigiu o ataque 13 minutos depois. Sacou Pato, pôs Lucas na direita, onde jogava Robinho, e lançou Elano no lugar de Ramires. Nada mudou. O Brasil deixou o estádio sob vaias e gritos de "Maradona".


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