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É preciso dar um "stop" nos veteranos, diz Scolari
Treinador admite contato, frustrado, com a CBF e quer renovação na seleção
Gaúcho diz que Brasil não
foi tão mal contra a França
e pede a Dunga que ele
mantenha o jeito de ser
dos tempos de jogador
Fernando Santos/Folha Imagem
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Tevez e o técnico Geninho conversam em treino do Corinthians |
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Felipe Scolari disse não
ao convite para voltar a treinar
a seleção brasileira. Sorte dos
veteranos que fracassaram na
Copa da Alemanha.
Em passagem por São Paulo
para mais uma palestra, hoje
uma das suas atividades principais, o treinador da seleção portuguesa não citou nomes, mas
foi claro ao dizer que a geração
de Cafu, Roberto Carlos, Emerson e Ronaldo, campeã do
mundo com ele em 2002, deve
deixar o time nacional.
"A renovação é o caminho
natural. Ninguém é eterno. O
jogador tem que ser inteligente
na hora de puxar o carro. Se não
for, alguém tem que dar o stop
neles", disse o treinador, que citou o exemplo de Figo, que acaba de deixar a seleção portuguesa. "Ele não tinha mais condições de jogar pelo clube, pela
seleção e cuidar da família", falou o treinador, que também
apontou o meia como o craque
da Copa da Alemanha.
Scolari confirmou que conversou com Ricardo Teixeira, o
presidente da CBF, sobre a sua
volta à seleção. Reconheceu
que o carinho dos torcedores
fez com que ele balançasse, mas
fatores pessoais, incluindo a
questão da segurança pública,
pesaram. "Foi uma sondagem,
e não era o único nome. Por
dois ou três dias conversei com
minha família e decidi ficar em
Portugal", disse ele, que deixou
aberto seu futuro a partir de
2008, quando acaba seu novo
contrato com Portugal.
"Nem minha mulher sabe o
que vou fazer. Está tudo muito
longe. Nem sei se vou estar vivo", declarou o treinador.
O gaúcho afirmou ainda que
recebeu outros convites, que
não descarta voltar a trabalhar
em clubes e que pode deixar a
seleção portuguesa, sem o pagamento de multa, imediatamente caso Gilberto Madail, o
presidente da federação daquele país, deixe o cargo.
O treinador procurou evitar
comentar o trabalho de Carlos
Alberto Parreira e a escolha de
Dunga, mas acabou falando alguma coisa sobre os temas.
A respeito do desempenho
brasileiro na Alemanha, e em
especial no jogo que eliminou o
time, comentou: "O Brasil não
foi essa negação toda. E a França não foi nenhuma maravilha". A Dunga, que assumiu o time brasileiro recentemente,
Scolari deu um conselho: "Digo
a ele que seja sempre o que foi
como jogador, que aja pela cabeça dele, que não dê prioridade ao que os outros falam."
O treinador também elogiou
Ricardo Teixeira e não se disse
contrário aos amistosos caça-níqueis arrumados pela CBF
para a seleção. "Você tem que
se preparar, mas também tem
que pensar em quem está pagando seu salário", falou o treinador, que passará mais duas
semanas no Brasil antes de voltar para Portugal e reiniciar o
trabalho, visando as eliminatórias da Eurocopa-08, que começam já no próximo mês.
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