São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

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Da Matta atinge veado em testes e pára na UTI

De helicóptero, piloto de 32 anos foi levado desacordado ao hospital, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência no cérebro

DA REPORTAGEM LOCAL

Cristiano da Matta, 32, sofreu grave acidente ontem durante testes coletivos da Champ Car em Elkhart Lake. Ele atingiu um veado que circulava pela pista, rodeada por matas, principalmente entre as retas. A Folha apurou que o piloto perdeu a consciência ao acertar o animal e, já desacordado, ainda bateu no muro.
Da Matta, da equipe RuSport, foi levado inconsciente ao Hospital Theda Clark Memorial, de helicóptero. Foi submetido a uma cirurgia de emergência para a retirada de um hematoma subdural no cérebro e, até o fechamento desta edição, estava sob observação na UTI do hospital que fica em Neenah, em Wisconsin.
A equipe de Da Matta e os porta-vozes do hospital não divulgaram mais detalhes.
O hematoma subdural é uma espécie de coágulo sangüíneo no cérebro, causado geralmente pelo rompimento de uma veia. Embora os médicos que operaram Da Matta não tenham detalhado o procedimento, a cirurgia normalmente consiste na abertura do crânio para drenagem do líquido.
O acidente foi às 15h08 locais, 17h08 de Brasília. O ponto onde a batida ocorreu não foi informado. Elkhart Lake é uma das pistas mistas mais rápidas da Champ Car. O circuito é chamado pelos pilotos de "a Spa-Francorchamps dos EUA", em referência ao circuito belga, um dos mais desafiadores -e perigosos- de todo o mundo.
A melhor volta registrada nos testes coletivos de quarta-feira, do francês Sebastien Bourdais, foi atingida com uma velocidade média de 226,225 km/h. Neste fim de semana em Hungaroring, por exemplo, a média será 30 km/h mais lenta.
Os acidentes envolvendo animais não são inéditos no automobilismo. Nos treinos para o GP da Áustria de F-1 em 1987, o sueco Stefan Johansson atropelou um veado a cerca de 200 km/h. Foi hospitalizado, mas liberado em seguida. Os administradores do autódromo de Elkhart Lake declararam à Folha que tal acidente com animais nunca havia sido registrado no circuito -o máximo que havia ocorrido era atropelamento de cobras e guaxinins.


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