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São Paulo aprova o "técnico" Rogério Atitude do capitão, que sugeriu substituição a Sérgio Baresi, é bem-aceita por atletas, diretoria e treinador
JOSÉ RICARDO LEITE
DE SÃO PAULO
A atitude do goleiro Rogério de participar como técnico em campo e até interferir
em substituições parece não
ter desagradado a dirigentes
e jogadores do São Paulo.
Ao menos no discurso, a
sugestão de trocar Marcelinho por Cléber Santana, no
jogo de anteontem contra o
Atlético-GO, foi bem-vista.
Os colegas chegaram a exibir
certo receio em ousar criticar
uma ação como essa por parte do capitão da equipe.
"O Rogério já teve esse tipo
de atitude antes com o próprio Baresi, com o Muricy e o
Paulo Autuori. É uma maneira de mostrar uma leitura de
jogo de quem pode ver melhor", falou Richarlyson.
"Ele sempre deu opinião
no vestiário, no túnel. Acho
importante dizer o que é positivo. Ele tem 20 anos de São
Paulo, enquanto tem jogadores aqui com 20 anos de idade", completou o volante.
"Rogério tem grande voz
ativa no clube e em campo.
Foi para ajudar. Não quis
passar por cima de ninguém
não", falou Jorge Wagner.
A cúpula já se apressou em
dizer que a atitude em nada
menospreza o técnico Baresi,
tampão há cinco jogos.
"Rogério e Baresi já jogaram juntos até, têm afinidade, uma história. O Rogério é
um líder, viu que o treinador
está chegando agora da base
e quis dar uma contribuição.
Mas não existiu nada de desautorizar, desmerecer, nada
disso", disse o vice-presidente de futebol tricolor, Carlos
Augusto de Barros e Silva.
Até o exemplo de um clube
rival foi citado para aliviar a
situação. O superintendente
de futebol são-paulino, Marco Aurélio Cunha, lembrou
do episódio em que o santista
Paulo Henrique Ganso se recusou a ser substituído na final do Paulista-2010.
"Todo mundo diz que futebol é monótono, aí, quando
ele sai da monotonia, vira isso de que não pode. O caso
do Ganso no Paulista foi uma
atitude de sabedoria", disse.
Apesar de seguir o discurso de atletas e dirigentes, Baresi afirmou que não acatou
uma sugestão de seu capitão
durante o intervalo da partida contra o Atlético-GO.
No vestiário, Rogério sugeriu a saída do volante Casemiro, pendurado. Mas o jogador foi mantido em campo.
"Só teria problema [a interferência] se não batesse
com a minha opinião", defendeu-se Baresi.
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