São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Sem zebra

Depois de fiasco nos 100 m, Bolt vence os 200 m no Mundial com a melhor marca da temporada ; brasileiro termina em sexto lugar

Kai Pfaffenbach/Reuters
Usain Bolt após vitória nos 200m no Mundial da Coreia do Sul

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL A DAEGU

Após a desclassificação nos 100 m, o jamaicano Usain Bolt fez o que dele se esperava no Mundial de Daegu.
Venceu os 200 m com o melhor tempo do ano (19s40) e divertiu a plateia do Daegu Stadium com seu jeito descontraído pré e pós-prova.
Ao seu lado, o brasileiro Bruno de Barros terminou na sexta posição, com 20s31.
Recordista mundial dos 100 m e dos 200 m, Bolt havia sido desclassificado da prova mais rápida do atletismo por ter queimado a largada. "Eu me sinto ótimo. Não corri bravo, eu estava correndo para me desculpar com meus fãs pelos 100 m", afirmou Bolt, 25, após a prova.
Seu erro parece ter refletido em seu reaparecimento.
Nas eliminatórias dos 200 m, foi o único a largar depois dos 0s300; nas semifinais, só ele teve tempo de reação acima dos 0s200 e, ontem, foi outra vez o mais lento (0s193).
Mas deixar o bloco de partida por último não fez diferença para Bolt, que marcou o quarto tempo da história.
Para mim, 19s40 é um bom tempo", afirmou. "Não estou no melhor da minha forma."
Após ganhar sua primeira medalha em Daegu, Bolt dançou e brincou com os fotógrafos que corriam à sua volta.
Na zona mista, onde os atletas atendem aos jornalistas, o jamaicano ainda brincou com o francês Christophe Lemaitre, que foi bronze com recorde nacional (19s80).
O vice-campeão, o americano Walter Dix (19s70), já havia passado pelo local.
Bruno de Barros, assim como nas semifinais, correu lado a lado com o jamaicano. O brasileiro disse que se saiu mal, apesar de ter feito sua melhor marca na Coreia do Sul -ele já havia corrido com tempos de 20s63 e 20s54.
Sua melhor marca é 20s16. Ele voltou a competir há um mês após gancho de dois anos por ligação com doping.
"A prova foi muito forte", disse Barros, 24, natural de Alagoas. "Me doei o máximo, queria medalha, mas fica para a próxima", afirmou.
A próxima é hoje. Ele integra o revezamento 4 x 100 m, cujas eliminatórias acontecem às 7h (de Brasília).
"A gente tem uma oportunidade boa, tá tudo muito aberto", afirmou o brasileiro.
O Brasil ocupa a sétima posição no ranking que lista as melhores marcas do ano.
A equipe feminina dos 4 x 100 m, que também é apontada pela comissão técnica brasileira como postulante à medalha e é a quinta do ranking, também corre hoje.
Desta vez, pelo menos na eliminatória, Barros não correrá ao lado de Bolt, mas pode ter uma nova oportunidade no caso de as duas equipes avançarem à final.
Marcada para as 9h, a final do revezamento é a prova que encerra o Mundial de Daegu.

NA TV
Mundial de atletismo
7h Sportv




Texto Anterior: Por dentro do Itaquerão
Próximo Texto: Ex-pivô de polêmica, Semenya busca o bi
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.