|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CARLOS SARLI
O novo rei do "dream tour"
São grandes as chances de
o WCT ganhar um novo
campeão: o australiano
Fanning está pronto e focado
O SEU PRIMEIRO contato com a
vitória na elite do surfe mundial foi em 2001, aos 19 anos.
Disputando a etapa como convidado, Mick Fanning balançou o sino
de Bells Beach no Rip Curl Pro, bem
perto de sua casa, quando dedicou o
título ao irmão Sean, morto em um
acidente de carro em 1998.
Foi no mesmo ano de 2001 que o
garoto da Gold Coast venceu o WQS
e, em 2002, entrou de vez para a primeira divisão do surfe mundial,
quando se tornou o estreante mais
bem colocado na história do WCT
-ficando em quinto, recorde igualado por Bobby Martinez no ano passado. Em 2007, com cinco anos de
Mundial nas costas, oito etapas vencidas e mais de US$ 600 mil em prêmios, Fanning, sem depender do
ranking da ASP, chegou ao posto de
melhor surfista do mundo.
Ele driblou tubarões como Kelly
Slater, Andy Irons e o conterrâneo
Taj Burrow para tornar-se o surfista
mais equilibrado de 2007. Seu único
escorregão foi em Trestles, EUA,
quando amargou a 17ª colocação e
assistiu ao show de seu rival mais
próximo, Slater. Fora esse deslize,
Fanning não ficou abaixo da terceira
posição nas outras seis etapas.
O deslize em Trestles, ao que tudo
indica, foi uma turbulência passageira. Na etapa seguinte, na França,
ele sobrou em várias baterias, deixando seus rivais em ""combinação"
-quando não basta para o adversário trocar só uma nota. Na final, contra o sul-africano Greg Emslie, não
foi diferente. E, para chegar lá, ele
desbancou Troy Brooks (AUS), nas
semis, e Neco Padaratz, nas quartas.
Agora ele pode levar o Mundial já
em Mundaka, Espanha, que está rolando desde anteontem. Precisa ficar no mínimo em segundo e torcer
para Slater e Burrow não passarem
da nona colocação, assim chegará ao
título com duas etapas de antecedência. Restam Brasil e Havaí.
São grandes as chances de o WCT
ganhar um novo campeão. Fanning
está pronto e focado em seu objetivo, e a torcida australiana vai com
ele. O país, que dominou o circuito
em sua origem, só teve um campeão
nos últimos 15 anos (Occy em 1999).
Mesmo com o octocampeão Slater
no cangote, que, reza a lenda, só se
aposentará após o décimo título, será difícil estragar a festa australiana.
CORRIDA DE AVENTURA
A etapa nacional do Ecomotion/
Pro, válida pelo Mundial, começa
no próximo dia 21. Com base em
Búzios, no Rio de Janeiro, terá 444
km e mais de 50 equipes.
BRASILEIROS NO WCT
Na França, tivemos o melhor desempenho do ano: três atletas em
quinto. E no feminino, que tem Silvana Lima como vice-líder, foi
anunciada etapa no Peru, no dia 30.
MOUNTAIN BIKE NO METRÔ
Prova em Budapeste, na Hungria,
reuniu 36 atletas da elite em escadas rolantes, túneis escorregadios e
vagões. O britânico Gee Atherton
terminou como vencedor.
sarli@trip.com.br
Texto Anterior: Automobilismo: Campeão da IRL vai disputar a Nascar Próximo Texto: Teixeira faz lobby no Senado contra CPI do Corinthians Índice
|