São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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CARLOS SARLI

O novo rei do "dream tour"

São grandes as chances de o WCT ganhar um novo campeão: o australiano Fanning está pronto e focado

O SEU PRIMEIRO contato com a vitória na elite do surfe mundial foi em 2001, aos 19 anos.
Disputando a etapa como convidado, Mick Fanning balançou o sino de Bells Beach no Rip Curl Pro, bem perto de sua casa, quando dedicou o título ao irmão Sean, morto em um acidente de carro em 1998.
Foi no mesmo ano de 2001 que o garoto da Gold Coast venceu o WQS e, em 2002, entrou de vez para a primeira divisão do surfe mundial, quando se tornou o estreante mais bem colocado na história do WCT -ficando em quinto, recorde igualado por Bobby Martinez no ano passado. Em 2007, com cinco anos de Mundial nas costas, oito etapas vencidas e mais de US$ 600 mil em prêmios, Fanning, sem depender do ranking da ASP, chegou ao posto de melhor surfista do mundo.
Ele driblou tubarões como Kelly Slater, Andy Irons e o conterrâneo Taj Burrow para tornar-se o surfista mais equilibrado de 2007. Seu único escorregão foi em Trestles, EUA, quando amargou a 17ª colocação e assistiu ao show de seu rival mais próximo, Slater. Fora esse deslize, Fanning não ficou abaixo da terceira posição nas outras seis etapas.
O deslize em Trestles, ao que tudo indica, foi uma turbulência passageira. Na etapa seguinte, na França, ele sobrou em várias baterias, deixando seus rivais em ""combinação" -quando não basta para o adversário trocar só uma nota. Na final, contra o sul-africano Greg Emslie, não foi diferente. E, para chegar lá, ele desbancou Troy Brooks (AUS), nas semis, e Neco Padaratz, nas quartas.
Agora ele pode levar o Mundial já em Mundaka, Espanha, que está rolando desde anteontem. Precisa ficar no mínimo em segundo e torcer para Slater e Burrow não passarem da nona colocação, assim chegará ao título com duas etapas de antecedência. Restam Brasil e Havaí.
São grandes as chances de o WCT ganhar um novo campeão. Fanning está pronto e focado em seu objetivo, e a torcida australiana vai com ele. O país, que dominou o circuito em sua origem, só teve um campeão nos últimos 15 anos (Occy em 1999).
Mesmo com o octocampeão Slater no cangote, que, reza a lenda, só se aposentará após o décimo título, será difícil estragar a festa australiana.

CORRIDA DE AVENTURA
A etapa nacional do Ecomotion/ Pro, válida pelo Mundial, começa no próximo dia 21. Com base em Búzios, no Rio de Janeiro, terá 444 km e mais de 50 equipes.

BRASILEIROS NO WCT
Na França, tivemos o melhor desempenho do ano: três atletas em quinto. E no feminino, que tem Silvana Lima como vice-líder, foi anunciada etapa no Peru, no dia 30.

MOUNTAIN BIKE NO METRÔ
Prova em Budapeste, na Hungria, reuniu 36 atletas da elite em escadas rolantes, túneis escorregadios e vagões. O britânico Gee Atherton terminou como vencedor.


sarli@trip.com.br

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