Após goleadas sobre Japão e Ilhas Salomão, equipe encara em Brasília a Rússia, o adversário mais difícil na 1ª fase da competição

MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

As goleadas contra Japão e Ilhas Salomão já estão no passado. Hoje, em Brasília, às 10h30, o Brasil terá seu primeiro teste de risco no Mundial.
Enfrentará a Rússia, equipe que conta com os brasileiros Pula e Sirilo e é uma das principais forças do futsal. Em dois dos três Mundiais de que participaram, os russos terminaram entre os quatro primeiros.
"Temos que jogar bem contra a Rússia para provar à torcida brasileira que os outros resultados [12 a 1, contra o Japão, e 21 a 0, contra as Ilhas Salomão] não foram uma ilusão", afirma o fixo Schumacher.
O maior temor nacional será com os contra-ataques, principal estratégia ofensiva russa, conforme admitiram até mesmo os brasileiros naturalizados. Nos dois primeiros jogos, o Brasil apresentou vulnerabilidade no retorno à defesa.
O técnico Paulo César de Oliveira, o PC, enfatizou que a marcação homem a homem do Brasil ainda deixa a desejar.
"Na marcação um contra um, o Brasil é facilmente driblado. Os adversários passam pelos nossos jogadores com certa facilidade. Nossa equipe tem de ganhar velocidade para não ser surpreendida", disse o técnico.
Atenção redobrada será voltada para os naturalizados.
"Temos que ter um cuidado especial com o Sirilo, pois ele pode desequilibrar a partida", avisa Schumacher.
O goleiro Tiago, que fez quatro defesas espetaculares contra as Ilhas Salomão, anteontem, acha que a chave para obter a vitória está na defesa.
"Os russos têm qualidade no passe e, independentemente do tipo de marcação, não se afobam dando chute para fora. Nosso esquema de marcação vai ser essencial para a gente conseguir terminar a primeira fase no topo do grupo", diz.
Por sua vez, os russos também demonstram uma preocupação especial com o ataque brasileiro, que, neste campeonato, soma 33 gols, marca muito superior à de qualquer outra seleção participante do evento.
Além disso, a seleção brasileira possui três jogadores -Falcão, Lenísio e Schumacher- entre os quatro maiores goleadores deste Mundial.
"Os brasileiros têm tido paciência no ataque para marcar, e vários jogadores têm grande potencial ofensivo. É por isso que temos que ter cuidado na defesa durante este jogo", afirma o fixo Konstantin Maevskiy, capitão da equipe russa.
Reconhecida pela boa defesa, a Rússia foi surpreendida por Cuba, em sua estréia na competição, anteontem, e levou cinco gols. Mesmo assim, conseguiu vencer por 10 a 5.
"Foi o nervosismo da estréia. O problema foi que todo mundo queria fazer o gol. Mas isso não pode se repetir contra o Brasil. Temos que voltar a marcar bem", alerta Sirilo.