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Negociação irrita cartolas paranaenses
DE SÃO PAULO
A contratação de Paulo César Carpegiani pelo São Paulo pode reacender a rivalidade entre o clube paulista e o
Atlético-PR, equipe que o
treinador dirigiu até sábado.
Oficialmente, os paranaenses afirmavam apenas
lamentar o fato do São Paulo,
em nenhum momento da
negociação, ter procurado o
clube de Curitiba.
A Folha apurou, entretanto, que o comportamento do
São Paulo não foi bem digerido pelos cartolas rivais.
O acerto foi feito entre o
técnico e o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"Apenas se questiona não
termos recebido contatos do
São Paulo", declarou o assessor da presidência do Atlético-PR, Roberto Karam.
Carpegiani foi procurado
por Juvenal durante a última
semana, depois da derrota
do São Paulo para o Grêmio.
Logo após a saída de Ricardo Gomes, em agosto, o São
Paulo já havia sido acusado
de tentar tirar treinadores
empregados de outros clubes. O Cruzeiro, de Cuca, e o
Atlético-MG, que à época tinha Vanderlei Luxemburgo,
reclamaram publicamente
do assédio dos paulistas.
Nos últimos anos, São
Paulo e Atlético-PR travaram
batalhas nos bastidores por
conta das contratações de
Dagoberto e Aloísio. Os dois
deixaram o clube de Curitiba
após uma briga jurídica.
Os paranaenses também
culpam o São Paulo pela
Conmebol não ter permitido
que eles jogassem a primeira
partida da final da Taça Libertadores-2005 na Arena da
Baixada, que não atingia a
capacidade mínima exigida.
Os paulistas, adversários
da decisão, teriam pressionado a confederação, que marcou a partida para o Beira-
-Rio, em Porto Alegre.
Carpegiani dará uma coletiva em Curitiba, hoje, antes
de viajar para São Paulo.
(LL)
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