VÔLEI
Time de Zé Roberto tem melhor campanha do Mundial e começa a 2ª fase já na liderança do Grupo F

Kazuhiro Nogi/FrancePresse

O técnico José Roberto Guimarães observa bloqueio da seleção

DE SÃO PAULO

A melhor atuação do Brasil contra a pior apresentação da Itália resultou em um massacre brasileiro no Mundial feminino de vôlei.
Em pouco mais de uma hora de jogo, a seleção do técnico José Roberto Guimarães atropelou as rivais, vencendo por 3 sets a 0, e deu um passo importante rumo à semifinal da competição.
As parciais do jogo não deixam dúvidas quanto à superioridade do Brasil diante da seleção italiana: 25/16, 25/19 e um humilhante 25/7.
"Fizemos uma partida que fica para a história do Mundial. Foi inacreditável. Olhava ponto a ponto o placar e o time em quadra sempre buscando", disse um entusiasmado Zé Roberto após o jogo.
As jogadoras exaltaram também a aplicação tática da equipe brasileira, que resultou no descontrole das rivais.
Uma das estratégias era forçar o saque em Francesca Piccinini. Deu resultado. A musa da Azzurra falhava repetidamente na recepção.
A outra estratégia era o bloqueio se focar em Simona Gioli, principal atacante da Itália no Mundial. As meios de rede conseguiram neutralizá-la, e a italiana teve sua atuação mais pífia no torneio, com apenas 26% de aproveitamento no ataque.
O triunfo levou o Brasil a atingir a melhor campanha na primeira fase entre as 24 equipes que iniciaram o Mundial. Além da seleção brasileira, outros três times venceram os cinco jogos -EUA, Rússia e Japão.
No critério de desempate, entretanto, o time de Zé Roberto leva vantagem.
A campanha foi bastante celebrada pelo Brasil, uma vez que todos os resultados obtidos na primeira fase serão contabilizados na próxima etapa do torneio.
Sendo assim, a seleção já inicia a segunda fase como líder do Grupo F, no qual terá de enfrentar Tailândia, Cuba, Alemanha e EUA. República Tcheca, Itália e Holanda completam a chave.
Só as duas melhores equipes do grupo vão às semifinais. Com 100% de aproveitamento até agora, brasileiras e americanas levam a vantagem na disputa.
Alemanha, com uma derrota, terá que vencer todos seus jogos e torcer por tropeço de Brasil ou EUA para continuar na competição. As demais equipes têm chances remotas de classificação.
"As jogadoras estão muito conscientes do trabalho", disse o técnico Zé Roberto.
"Teremos pela frente quatro ótimos classificados, não mais um Quênia [frágil rival da estreia]. Temos que jogar todo jogo bem para chegar à semifinal. Ainda não adquirimos a classificação. Vamos manter a concentração. Demos o primeiro passo, mas é preciso dar o segundo."


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