São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

O Massa de 2008 e o Massa de 2011

AQUELE 2 de novembro de 2008 teve gosto esquisito.
Massa largou na pole, cravou a melhor volta, venceu. Não levou o campeonato por uma curva. Por um jogo de pneus esbagaçados no carro de um alemão. Por um adversário inglês morto de fome.
Três anos depois, aquela tarde de molha-seca em Interlagos ganha sabor ainda mais esquisito. Ou além: intrigante.
De lá para cá, Massa, o quase-campeão de 2008, não venceu mais. Três anos, completados anteontem, sem vitória numa Ferrari.
O que aconteceu? Na opinião deste colunista, nada.
Aconteceu antes, isso sim: uma série de circunstâncias e eventualidades que fizeram com que ele acumulasse resultados a ponto de criar uma imagem de piloto top e entrar numa disputa de título. É questão de analisar suas 11 vitórias na carreira.
Foram duas em 2006.
Na Turquia, a vitória estava encomendada para Schumacher, na luta pelo título, mas ele errou e Alonso ficou entre as Ferrari. Em Interlagos, depois de admitir que abriria para o alemão, viu o trabalho facilitado quando o companheiro caiu pra último.
Foram três em 2007.
No Bahrein e na Espanha, GPs impecáveis, com todos os méritos, pole e melhor volta. "Massa se reafirma na F-1", escreveu a Folha. E parecia isso mesmo. Mas Raikkonen ganhou terreno. Massa só venceria outra em agosto, na Turquia ­-e teria vencido de novo em Interlagos, não tivesse dado a honra (e o título) ao finlandês.
As seis vitórias de 2008 vêm acompanhadas de uma enorme ressalva. Raikkonen já não queria nada na F-1.
Desde Irvine, a Ferrari não via um piloto há tanto tempo por lá sem vencer. A lembrança não é nenhum demérito. O encantamento, as esperanças e as comparações anteriores é que eram pra lá de exagerados.

F-1

HISTÓRIA

O "Linha de Chegada Entrevista", do Sportv, com Reginaldo Leme e os cinco Fittipaldi pilotos é um documento histórico. O ápice do programa é a revelação, por Wilsinho, de que Emerson quis parar após o título de 1972, quando morte na F-1 era rotina. Ele e o Barão foram contra, decisão de lembrança tão dura que o leva aos prantos ainda hoje. Que seja exibido mais e mais.

F-1

TRÂNSITO

Entre as propostas em discussão pela Comissão de F-1 da FIA, em Genebra, na Suíça, está uma regra que confere "pontos na carteira" de um piloto a cada infração cometida. A partir de um certo nível, haverá multa e suspensão da superlicença. Até um alienígena percebe que a ideia tem inspiração no que vem acontecendo entre Felipe Massa e Lewis Hamilton nesta temporada.


Texto Anterior: Parada, obra em estádio de PE é palco de protesto de grevistas
Próximo Texto: Copa do Mundo tem 'final' já na 1ª rodada
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.