São Paulo, quarta-feira, 04 de dezembro de 2002

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PAINEL FC

Segundo plano
De 1º de janeiro de 1999 a 31 de outubro de 2002 -todo o segundo governo FHC-, a verba orçamentária do Ministério do Esporte e Turismo destinada às áreas "Desporto e Lazer" foi de R$ 421,3 milhões. Para comparar: apenas em 2002, a União gastou R$ 691 milhões só com passagens aéreas e diárias.

Tesoura
Os dados são do Siafi, o sistema de acompanhamento de gastos do governo. Da verba autorizada para o ministério em 2002 nessas duas áreas (R$ 377,3 milhões), a maior parte foi cortada: R$ 252,6 mi foram empenhados, e só 63,8 mi haviam sido gastos até 22 de novembro.

Em alta
"Trabalhador", "sério" e "correto" são alguns adjetivos usados por deputados federais petistas para definir o secretário nacional de Esporte, Lars Gral. Ele tem boas chances de continuar no ministério, mas em outra função. O cargo que ocupa, estratégico para o gerenciamento de verbas, é cobiçado por muita gente do PT.

Dia D
Acontece hoje a reunião entre deputados, secretários e técnicos do PT ligados ao esporte com a equipe de transição.

Até tu?
Apontado por Ronaldo como o maior responsável pela sua saída da Inter de Milão, o técnico Héctor Cúper disse que o atacante merece ganhar o prêmio de melhor do mundo da Fifa.

Caça-piratas
Para combater a pirataria, o Flamengo, um dos maiores alvos de falsificações, terá no ano que vem uma versão "popular" de sua camisa, confeccionada pela Nike, fornecedora de material esportivo do time. Custará entre R$ 20 e R$ 30.

Novo apito
Sérgio Corrêa é o novo presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol de SP. Encabeçando chapa única, ele foi eleito anteontem e substituirá José de Assis Aragão, que dirigiu a entidade nos últimos seis anos.

Xeque-mate
É quase certo que a Globo fará valer seu direito de preferência para transmitir o Paulista e tirar o SBT do páreo. Atendendo à notificação da Globo, a FPF fez nova proposta à emissora e disponibilizou três datas por semana (quarta, sábado e domingo).

Assinatura
O negócio, de R$ 12 milhões, deve ser fechado nesta semana.

Caixa-verde
Um grupo de palmeirenses, que inclui conselheiros do clube, entrou ontem com uma petição para que o Ministério Público investigue supostas irregularidades nos dez anos de administração de Mustafá Contursi. A documentação está nas mãos da procuradora regional da República Janice Ascari.

Via de mão única
Em 22 meses, o Palmeiras deixou sair de seus cofres nada menos que R$ 22 mi. Em reunião em janeiro de 2001, Mustafá Contursi disse aos conselheiros que tinha em caixa R$ 40 mi. No último encontro, afirmou que o número caiu para R$ 18 mi.

Acordo
Contursi já admite negociar para não sair chamuscado da campanha no clube. Pensa em oferecer uma das quatro vice-presidências de sua chapa ao grupo de Gilberto Cipullo e Seraphim del Grande.

Carta na manga
A oposição vê na administração financeira do clube a principal fraqueza de Contursi. E conta com o apoio do italiano Gianni Grisendi, ex-Parmalat e hoje principal executivo da Bombril do Brasil, para levar novos parceiros para o Palmeiras.

Sem rixa
O são-paulino Kaká foi premiado "Jogador do Ano" pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que a entidade premiou em sua festa um jogador de uma equipe paulista.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Arialdo Boscolo, presidente da Confederação Brasileira de Clubes, que tem 5.476 associados, sobre a constante indefinição em relação à legislação esportiva brasileira:
- Em 120 dias, tivemos três leis regendo o esporte, sem contar o Estatuto do Desporto. Daqui a pouco vamos abrir um plantão para saber como agir.

CONTRA-ATAQUE

Até na hora do xixi?

Aconteceu no dia 17 de novembro. O jogo era decisivo para o Botafogo. Última rodada da primeira fase do Brasileiro, e os cariocas precisando da vitória para escapar do rebaixamento.
O adversário, no Caio Martins, era o São Paulo, líder do campeonato, em situação tranquila.
Durante a partida, como é normal, toda a sorte de provocações. E, apesar da calma tricolor, o clima começou a esquentar.
A uma determinada altura do jogo, o zagueiro Sandro, do Botafogo, acertou Jorginho, envolveu-se numa briga e foi expulso. Saiu chorando, reclamando que passou o jogo todo ouvindo alfinetadas de Júlio Baptista:
- Ele não parava de dizer que somos grossos, que somos um time de segunda divisão.
Após o jogo, Botafogo rebaixado, Sandro foi sorteado para o antidoping. Chegando à sala para coleta de urina, teve que esperar sua vez. Lá dentro, Júlio Baptista consumia copos e mais copos de água. E nada. Já passavam das 20h30, o estádio escuro, e o zagueiro não aguentou:
- Não acredito. Até na hora do xixi esse cara me atrapalha.


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