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FUTEBOL
Jair Picerni renova por um ano com o Palmeiras
DA REPORTAGEM LOCAL
Campeão da Série B, o técnico
Jair Picerni renovou com o Palmeiras até o final de 2004. A permanência foi definida ontem à
tarde em reunião com o presidente do clube, Mustafá Contursi,
com o diretor de futebol, Mário
Giannini, e com o auxiliar técnico
de Picerni, Fred Smania.
Nem o treinador nem a diretoria do clube divulgaram quanto
Picerni passará a ganhar. O técnico, que recebia cerca de R$ 80 mil
por mês do clube, comentava antes da reunião que pediria o dobro
de seu salário. Para Contursi, o
valor seria muito alto, mas as partes acabaram entrando em acordo com certa facilidade.
"Foi uma reunião rápida", afirmou Smania. "Agora vamos planejar o ano que vem."
"Minha vontade sempre foi permanecer e dar sequência ao trabalho que fizemos neste ano", declarou Picerni. "Já tenho inclusive o
planejamento quase pronto para
o ano que vem. Só falta saber
quem são os jogadores que ficarão no clube em 2004."
Contursi elogiou Picerni e
adiantou que o time deve ser fortalecido: "O treinador teve grande
responsabilidade em nossa vitória. Agora a nossa vontade é a de
manter tudo como está e trazer
uns três ou quatro reforços".
Uma vez acertada a permanência de Picerni, que é técnico da
equipe desde o final do ano passado, o Palmeiras terá problemas
para manter o grupo que conquistou a taça da Série B.
Segundo o presidente palmeirense, a permanência de dois jogadores considerados importantes para Picerni, o meio-campista
Élson e o lateral-esquerdo Lúcio,
está ameaçada. "Vai ser bem difícil ficar com esses dois. O próprio
empresário deles avisa que não é
para eles dizerem que querem ficar no Palmeiras", afirmou.
Segundo os atletas, eles teriam
propostas de outros clubes brasileiros e do exterior e, apesar de terem vontade de permanecer, o
empresário Oliveira Júnior pode
acabar acertando com outra equipe. "Nunca disse que não jogaria
em outra equipe, só que gostaria
de ficar", afirmou Élson.
Além disso, mesmo tendo contrato com o Palmeiras até 2005, o
meia Magrão tem dito que pode
deixar a equipe ainda antes do final do ano por causa do interesse
de clubes de fora do Brasil.
"Não vou ficar falando para a
torcida que eu vou ficar quando
há a possibilidade de sair", disse
Magrão, que teria propostas do
futebol italiano. "Se fosse por
mim, ficaria até o fim da minha
carreira. Mas minha permanência
não depende só de mim e do Palmeiras", acrescentou ele, lembrando que metade de seus direitos federativos pertence ao empresário uruguaio Juan Figer.
O jogador descarta a ida para
clubes como o São Paulo, que teria feito sondagens. "Hoje, sair
daqui para ficar no Brasil é muito
difícil, até pela situação do futebol
brasileiro. Não quero sair do Palmeiras por sair. Mas, se vier uma
proposta legal de fora do país,
nem o Palmeiras vai me segurar."
"A saída também depende do
Palmeiras, mas se vier uma proposta milionária não haverá muito a fazer", declarou Contursi.
Além de Magrão, Lúcio e Élson,
Baiano, Daniel e Adãozinho também podem deixar a equipe.
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