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São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Jair Picerni renova por um ano com o Palmeiras

DA REPORTAGEM LOCAL

Campeão da Série B, o técnico Jair Picerni renovou com o Palmeiras até o final de 2004. A permanência foi definida ontem à tarde em reunião com o presidente do clube, Mustafá Contursi, com o diretor de futebol, Mário Giannini, e com o auxiliar técnico de Picerni, Fred Smania.
Nem o treinador nem a diretoria do clube divulgaram quanto Picerni passará a ganhar. O técnico, que recebia cerca de R$ 80 mil por mês do clube, comentava antes da reunião que pediria o dobro de seu salário. Para Contursi, o valor seria muito alto, mas as partes acabaram entrando em acordo com certa facilidade.
"Foi uma reunião rápida", afirmou Smania. "Agora vamos planejar o ano que vem."
"Minha vontade sempre foi permanecer e dar sequência ao trabalho que fizemos neste ano", declarou Picerni. "Já tenho inclusive o planejamento quase pronto para o ano que vem. Só falta saber quem são os jogadores que ficarão no clube em 2004."
Contursi elogiou Picerni e adiantou que o time deve ser fortalecido: "O treinador teve grande responsabilidade em nossa vitória. Agora a nossa vontade é a de manter tudo como está e trazer uns três ou quatro reforços".
Uma vez acertada a permanência de Picerni, que é técnico da equipe desde o final do ano passado, o Palmeiras terá problemas para manter o grupo que conquistou a taça da Série B.
Segundo o presidente palmeirense, a permanência de dois jogadores considerados importantes para Picerni, o meio-campista Élson e o lateral-esquerdo Lúcio, está ameaçada. "Vai ser bem difícil ficar com esses dois. O próprio empresário deles avisa que não é para eles dizerem que querem ficar no Palmeiras", afirmou.
Segundo os atletas, eles teriam propostas de outros clubes brasileiros e do exterior e, apesar de terem vontade de permanecer, o empresário Oliveira Júnior pode acabar acertando com outra equipe. "Nunca disse que não jogaria em outra equipe, só que gostaria de ficar", afirmou Élson.
Além disso, mesmo tendo contrato com o Palmeiras até 2005, o meia Magrão tem dito que pode deixar a equipe ainda antes do final do ano por causa do interesse de clubes de fora do Brasil.
"Não vou ficar falando para a torcida que eu vou ficar quando há a possibilidade de sair", disse Magrão, que teria propostas do futebol italiano. "Se fosse por mim, ficaria até o fim da minha carreira. Mas minha permanência não depende só de mim e do Palmeiras", acrescentou ele, lembrando que metade de seus direitos federativos pertence ao empresário uruguaio Juan Figer.
O jogador descarta a ida para clubes como o São Paulo, que teria feito sondagens. "Hoje, sair daqui para ficar no Brasil é muito difícil, até pela situação do futebol brasileiro. Não quero sair do Palmeiras por sair. Mas, se vier uma proposta legal de fora do país, nem o Palmeiras vai me segurar."
"A saída também depende do Palmeiras, mas se vier uma proposta milionária não haverá muito a fazer", declarou Contursi.
Além de Magrão, Lúcio e Élson, Baiano, Daniel e Adãozinho também podem deixar a equipe.


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