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FUTEBOL
Time alviverde tem que superar o Fluminense para ir à Libertadores e se equiparar à modesta equipe do ano passado
Rico, Palmeiras busca igualar "fase pobre"
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um elenco milionário e
ofensivo, o Palmeiras quer alcançar a meta obtida pelo grupo barato e defensivo do Brasileiro do
ano passado. Só a vitória sobre o
Fluminense, no Parque Antarctica, hoje, às 16h, dá ao time paulista, de novo, a vaga na fase classificatória da Libertadores.
Mesmo se chegar ao seu objetivo, a equipe atual completará o
campeonato com rendimento
abaixo do obtido em 2004. Ao final do ano passado, o time alviverde teve aproveitamento de
57,2% dos pontos. Neste ano, no
máximo, chega a 55,5%-por enquanto tem 54,4%.
Se vencer, o Palmeiras faz 70
pontos e passa o Fluminense, que
tem 68. Então fica com a última
vaga na Libertadores, e terá um
mata-mata com o venezuelano
Deportivo Táchira para chegar à
fase de grupos.
"Estou satisfeito com a recuperação do time. Para chegar aonde
queremos, precisamos desse jogo", disse Emerson Leão, que não
ficará no banco porque foi suspenso pelo STJD anteontem.
Apesar de feliz com a equipe, o
treinador reconhece que, se ficar
na quinta posição, será cobrado
por causa disso. A diretoria do
Palmeiras quer a vaga, mas já admite o mérito de Leão, que pegou
o time na 16ª posição.
Sob a gestão Mustafá Contursi,
que continha gastos em 2004, o time alviverde acabou na quarta
colocação. Na última rodada,
contra o mesmo Fluminense, tinha jogadores como Ricardinho,
Thiago Gentil e Nen. Dos titulares
daquela época, só Marcinho
Guerreiro e Daniel devem jogar
na decisão de hoje-Marcos estava fora daquela partida.
Para o lugar dos outros, o Palmeiras investiu pesado: cerca de
R$ 10 milhões. Chegaram jogadores caros como Marcinho, Juninho e Gamarra. Além de Leão,
que tem alto salário.
Isso mudou a face da equipe,
que se tornou mais técnica, mas
com retaguarda mais vulnerável.
Em 2004, o time teve a segunda
melhor defesa do Brasileiro: foram 47 gols tomados, com média
de 1,02 por jogo. Na atual temporada, a equipe se tornou a nona
defesa menos vazada: foram 63
gols, com média de 1,53.
Em compensação, o time aprimorou boa parte dos quesitos técnicos, exceto o passe, que teve leve
queda. O Palmeiras atual faz mais
assistências, mais lançamentos e
mais cruzamentos.
Assim, a equipe finaliza mais:
são 17 contra 14. Agora são 10,5
certas contra 9,1 em 2004, o que
torna o ataque mais efetivo.
Tanto que o time alviverde tem
o segundo ataque mais positivo,
atrás só do Corinthians. São 78
gols (média de 1,9 por jogo).
Bem superior ao ano passado,
quando o time teve modesta média de 1,56 com seus 72 gols feitos.
"Quem fizer gol nesta partida ficará marcado", disse o meia Marcinho, para quem o jogo com o
Fluminense é como uma final.
Ex-São Caetano, o jogador é o
símbolo do time atual: foi a negociação mais cara e o que mais fez
gols. Metade dos seus direitos
custaram R$ 6,2 milhões, e o meia
já anotou 18 tentos.
"O time acertou nas contratações do Leão, Marcinho e Juninho. A diretoria foi bem. Os erros
foram dentro de campo", analisou o goleiro Marcos. Para ele, o
Palmeiras joga o trabalho do ano
inteiro na partida de hoje.
O técnico Leão manterá o mistério sobre o time até o momento
do jogo. Durante a semana, testou
Gioino e Washington no ataque,
com Corrêa no meio. Diego Souza
no meio, com a saída de um atacante, pode ser uma opção.
Com qualquer time, o Palmeiras luta para referendar a ousadia
de sua diretoria e de seu técnico.
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