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Palmeiras já planeja 2008 com Caio Júnior
Dirigente diz que treinador conhece o elenco e, a princípio, deve ser mantido
Técnico atual, que ganhou 55% dos pontos disputados, tem aproveitamento menor que cinco dos outros 16 que treinaram o clube no século
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
No campo, a frustração por
perder em casa a vaga na Taça
Libertadores. Fora dele, o Palmeiras começa a pensar em
2008. E, a princípio, com o técnico Caio Júnior nos planos.
"A intenção é dar seqüência
ao trabalho. Ele conhece a base
do grupo. O Caio conseguiu
montar um grupo no meio da
temporada. É um profissional
capacitado para continuar no
clube", declarou ontem o gerente de futebol palmeirense,
Toninho Cecílio.
Ao lado do presidente Affonso della Monica, do vice, Gilberto Cipullo, e dos jogadores
Diego Cavalieri, Pierre, Martinez e Valdivia, Caio Jr. participou ontem à noite da festa dos
melhores do Brasileiro, organizada pela CBF, no Rio.
Segundo a Folha apurou, a
intenção do treinador era conversar com Cipullo sobre a renovação de seu contrato, que
acaba no próximo dia 31, ainda
durante a cerimônia. O dirigente, porém, disse que só trataria do assunto hoje.
Depois de ser derrotado anteontem pelo Atlético-MG (3 a
1) e sair da zona classificatória
da Libertadores na rodada derradeira do Nacional, o técnico
falou em tom de despedida.
"Estou muito frustrado. Não
sei se vou ficar. Vai depender
da conversa que vamos ter. Não
quero ficar para garantir emprego. Vou ficar se achar que
devo. Se tiver seqüência de trabalho. Tenho de pesar os prós e
os contras", disse, na ocasião.
O fato é que a derrapada do
Palmeiras na reta final do torneio -foram quatro derrotas
nos últimos cinco jogos- fez a
chiadeira dos conselheiros que
já eram contrários à permanência de Caio Jr. aumentar.
A bronca maior deu-se pelas
alterações de última hora promovidas por ele, especialmente
as ausências do volante Martinez, capitão da equipe na maior
parte do campeonato, e do
meia Caio, artilheiro do time
no Brasileiro, com nove gols.
A favor do técnico, porém,
pesa a situação financeira do
clube. Só a dívida de 2007 está
na casa dos R$ 10 milhões. Para
a diretoria, trocar Caio Jr. é
uma hipótese apenas se vier alguém com salário menor.
Do ponto de vista técnico, os
números também pendem para ele. Até porque, dos 17 treinadores que dirigiram o time
neste século, o atual comandante é o sexto melhor em termos de aproveitamento.
Em 60 confrontos à frente do
time, ele somou 28 vitórias, 15
empates e 17 derrotas (aproveitamento de 55%). No Paulista,
ele não conseguiu colocar o
Palmeiras nem sequer entre os
quatro melhores. Na Copa do
Brasil, caiu diante do modesto
Ipatinga, nos pênaltis, em casa.
E, sinal de que o técnico palmeirense ainda possui crédito
com a diretoria, é o fato de as
conversas dos dirigentes sobre
as transações de atletas esbarrarem na opinião do treinador.
Ontem, ao ser questionado sobre as situações dos atacantes
Rodrigão e Edmundo, Toninho
Cecílio citou a influência de
Caio Jr. nas escolhas do elenco
para o ano que vem.
"Vamos ouvir o Caio Jr. Ele
precisa passar o que pensa sobre 2008", disse Cecílio.
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