São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Handebol perde e se complica no Mundial

Seleção feminina, maior aposta de confederação, cai diante da Macedônia

Para se classificar à 2ª fase, equipe brasileira precisa hoje conseguir uma vitória improvável, contra a Rússia, que é atual campeã mundial


DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina de handebol complicou bastante sua chance de classificação à segunda fase do Mundial da França. Ontem, em Saint Brieuc, a equipe foi derrotada pela Macedônia por 26 a 22.
Com isso, o Brasil soma uma vitória e uma derrota no Grupo B. E hoje, às 17h30, a equipe faz sua partida mais difícil na fase de classificação, contra a Rússia, atual campeã mundial.
Caso perca, dependerá de uma improvável derrota da Macedônia para a Austrália, que jogam às 15h30, para seguir adiante no campeonato.
Se não se classificar à próxima fase, o Brasil jogará o torneio de consolação e pode, no máximo, ficar em 13º lugar.
Ontem, na outra partida da chave, a Rússia goleou a Austrália por 40 a 7, garantindo classificação à próxima fase.
A eliminação precoce seria uma ducha de água fria nas pretensões do presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira.
O dirigente seguidamente tem afirmado que o Brasil chegará ao pódio de uma Olimpíada ou Mundial até 2008.
Para isso, o handebol conta com patrocínio milionário da Petrobras, que começou a injetar recursos na modalidade em 2003, pouco antes do Pan de Santo Domingo. Neste ano, a estatal irá desembolsar R$ 2,8 milhões nesse patrocínio.
A maior aposta para que as previsões de Oliveira se concretizem é a seleção feminina, atual tricampeã pan-americana. O time saltou do 20º lugar no Mundial da Croácia-03 para a sétima posição na edição passada, em 2005, na Rússia.
Na ocasião, a equipe bateu potências da modalidade, como França, campeã mundial em 2003, e dois medalhistas olímpicos em Atenas-04: Coréia do Sul (prata) e Ucrânia (bronze).
Para fazer intercâmbio internacional, a CBHb incentivou as brasileiras a atuar no exterior. Quinze das 16 atletas que participam do Mundial jogam na Europa, espalhadas por Dinamarca, Espanha, França, Alemanha, Áustria e Macedônia.
Ontem, porém, essa experiência não foi suficiente. A equipe até que iniciou melhor o duelo, terminando o primeiro tempo vencendo por 11 a 10.
Mas, no segundo tempo, a seleção mostrou inconsistência no ataque. Mais regular, a Macedônia virou, obteve pequena vantagem (22 a 20) e, a partir daí, só administrou o placar.
Atabalhoadas, as brasileiras não conseguiam se livrar da marcação adversária, erravam muitos tiros e passes, facilitando o contra-ataque do rival.
Desanimado, o técnico da seleção, o espanhol Juan Oliver Coronado, desistiu de passar instruções no final da partida, diante da iminente derrota.
Natalija Todorovska, da Macedônia, foi a artilheira da partida, com sete gols. Pela seleção nacional, a melhor foi a armadora Deonisa, que marcou seis.
O revés do Brasil não foi a única surpresa de ontem no evento. Pelo Grupo C, Angola bateu a Áustria, bronze no Mundial-99 (33 a 22). Pela chave F, a Ucrânia, outra favorita, perdeu para a Coréia do Sul, por 26 a 25, e está eliminada.


Texto Anterior: Médica fala por 7 horas e "amplia" caso Rebeca
Próximo Texto: São Paulo: Jorge Wagner deve renovar em 2 semanas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.