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Handebol perde e se complica no Mundial
Seleção feminina, maior aposta de confederação, cai diante da Macedônia
Para se classificar à 2ª fase, equipe brasileira precisa hoje conseguir uma vitória improvável, contra a Rússia, que é atual campeã mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina de handebol complicou bastante sua
chance de classificação à segunda fase do Mundial da
França. Ontem, em Saint
Brieuc, a equipe foi derrotada
pela Macedônia por 26 a 22.
Com isso, o Brasil soma uma
vitória e uma derrota no Grupo
B. E hoje, às 17h30, a equipe faz
sua partida mais difícil na fase
de classificação, contra a Rússia, atual campeã mundial.
Caso perca, dependerá de
uma improvável derrota da
Macedônia para a Austrália,
que jogam às 15h30, para seguir
adiante no campeonato.
Se não se classificar à próxima fase, o Brasil jogará o torneio de consolação e pode, no
máximo, ficar em 13º lugar.
Ontem, na outra partida da
chave, a Rússia goleou a Austrália por 40 a 7, garantindo
classificação à próxima fase.
A eliminação precoce seria
uma ducha de água fria nas pretensões do presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira.
O dirigente seguidamente
tem afirmado que o Brasil chegará ao pódio de uma Olimpíada ou Mundial até 2008.
Para isso, o handebol conta
com patrocínio milionário da
Petrobras, que começou a injetar recursos na modalidade em
2003, pouco antes do Pan de
Santo Domingo. Neste ano, a
estatal irá desembolsar R$ 2,8
milhões nesse patrocínio.
A maior aposta para que as
previsões de Oliveira se concretizem é a seleção feminina,
atual tricampeã pan-americana. O time saltou do 20º lugar
no Mundial da Croácia-03 para
a sétima posição na edição passada, em 2005, na Rússia.
Na ocasião, a equipe bateu
potências da modalidade, como
França, campeã mundial em
2003, e dois medalhistas olímpicos em Atenas-04: Coréia do
Sul (prata) e Ucrânia (bronze).
Para fazer intercâmbio internacional, a CBHb incentivou as
brasileiras a atuar no exterior.
Quinze das 16 atletas que participam do Mundial jogam na
Europa, espalhadas por Dinamarca, Espanha, França, Alemanha, Áustria e Macedônia.
Ontem, porém, essa experiência não foi suficiente. A
equipe até que iniciou melhor o
duelo, terminando o primeiro
tempo vencendo por 11 a 10.
Mas, no segundo tempo, a seleção mostrou inconsistência
no ataque. Mais regular, a Macedônia virou, obteve pequena
vantagem (22 a 20) e, a partir
daí, só administrou o placar.
Atabalhoadas, as brasileiras
não conseguiam se livrar da
marcação adversária, erravam
muitos tiros e passes, facilitando o contra-ataque do rival.
Desanimado, o técnico da seleção, o espanhol Juan Oliver
Coronado, desistiu de passar
instruções no final da partida,
diante da iminente derrota.
Natalija Todorovska, da Macedônia, foi a artilheira da partida, com sete gols. Pela seleção
nacional, a melhor foi a armadora Deonisa, que marcou seis.
O revés do Brasil não foi a
única surpresa de ontem no
evento. Pelo Grupo C, Angola
bateu a Áustria, bronze no
Mundial-99 (33 a 22). Pela chave F, a Ucrânia, outra favorita,
perdeu para a Coréia do Sul,
por 26 a 25, e está eliminada.
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