|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Curado, Nenê vira o rei das enterradas na NBA
Menos de um ano após retirar tumor, brasileiro é líder no lance que mais encanta e pode atingir marca histórica se mantiver índice
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Hoje, na NBA, quem sabe enterrar é brasileiro. Quase 11 meses após de passar por cirurgia
para retirar tumor maligno do
seu testículo direito, o ala-pivô
Nenê, 26, do Denver Nuggets,
lidera o ranking da jogada responsável por boa parte da fama
da liga americana de basquete.
Superando estrelas como
Shaquille O"Neal e jogadores
atléticos como LeBron James,
Nenê, de 2,11 m, é na temporada 2008/2009 o rei da mais
plástica jogada do basquete.
A NBA não faz a contagem
oficial de enterradas, mas elas
são contabilizadas por inúmeras publicações e sites nos
EUA, como o 82games.com.
Com os jogos feitos até anteontem, Nenê soma 43 enterradas, uma a mais que Dwight
Howard, o pivô do Orlando Magic, que venceu o último concurso de cravadas da liga.
Só que para Nenê a enterrada
o ajuda a pontuar. Tanto que
30% de seus pontos na temporada, a que vê a melhor média
da sua carreira (15,2 pontos),
ocorreram no lance em que ele
crava a bola. No caso de Howard, esse percentual é de 19%.
Para LeBron, o terceiro nas enterradas, não chega a 15%.
Mais espetacular é sua evolução. Na temporada passada,
quando, devido a lesões e ao
câncer, só atuou em 16 dos 82
jogos da fase de classificação,
ele teve média de 0,6 enterrada.
Agora, nas 19 vezes que entrou em quadra pelo Denver,
Nenê faz 2,3 enterradas por jogo, um crescimento de 283%.
Como a chance de errar a enterrada é mínima, 93% das tentativas de Nenê resultam em
dois pontos. Ele tem em toda a
NBA o melhor aproveitamento
nas tentativas de dois pontos.
O ala-pivô, que registra sua
melhor média de rebotes, acertou 64% dos arremessos. Ainda
é cedo -a temporada não cumpriu o primeiro quarto-, mas,
se seguir assim, Nenê será o
atleta nos últimos 15 anos na
NBA com o melhor aproveitamento numa edição (dentre os
que têm número mínimo de arremessos para o ranking).
O técnico George Karl, do
Denver, elogia Nenê, que tem
mais espaço no garrafão após a
saída do pivô Marcus Camby.
"Ele é perfeccionista. E não
tenta arremessos ruins. Tem
uma consciência na hora de selecionar seus arremessos que
muitos na NBA não têm."
Nenê atribui seu sucesso a
Deus. "Por sua misericórdia e
por sua inspiração, eu estou jogando dessa forma agora."
Com agências internacionais
Texto Anterior: Corinthians: Meia Tcheco sai da mira de diretoria Próximo Texto: Em baixa: Armador Leandrinho vê seus números caírem e perde espaço Índice
|