São Paulo, sábado, 04 de dezembro de 2010

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Jornais europeus criticam eleição de sedes polêmicas

FIFA
Diários citam petrodólares, máfia e corrupção nos pleitos para 2018 e 2022

DE SÃO PAULO

A imprensa europeia criticou duramente as escolhas de Rússia e Qatar como palcos das Copas de 2018 e 2022.
Os jornais ingleses publicaram críticas à Fifa, ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e levantaram dúvidas quanto à lisura do pleito.
Segundo o "Daily Mail", a eleição foi marcada pela corrupção, e a campanha russa já anunciava sua vitória um dia antes antes da eleição. O diário também chama Putin de "líder de um país-máfia".
Já o "Guardian" publicou, na capa, uma fotografia do meia David Beckham com a expressão abatida e a frase: "Levante a cabeça, Becks, pelo menos a Inglaterra não foi eliminada nos pênaltis".
Uma reportagem afirmou que, momentos antes da votação, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, discursou aos membros do Comitê Executivo sobre os "males da mídia", em referência às acusações de corrupção na entidade publicadas pela imprensa britânica e consideradas um dos motivos para a candidatura inglesa ter obtido dois votos anteontem.
Os jornais de Portugal e Espanha, cuja candidatura conjunta também foi derrotada pelos russos, destacaram as campanhas milionárias das propostas vencedoras.
"Fifa se inclina ao dinheiro russo" foi a manchete do espanhol "El País". O português "Público" destacou na capa o papel central do petróleo na Rússia e Qatar: "Fifa optou por petro-Mundiais para 2018 e 2022".
Até mesmo a imprensa de países que não participaram da eleição fizeram críticas pesadas às escolhas da Fifa.
O alemão "Bild" centralizou as críticas em 2022. Estampou a palavra "Qatarstrofe", um trocadilho com o nome do país, e a frase: "Fifa vende a Copa aos xeques".
A autocrítica atingiu até o jornal de esportes russo "Sport Express", para quem o triunfo foi um "presente antecipado, inesperado, em grande parte, imerecido, mas triplamente agradável".
Já a manchete do jornal qatariano "Peninsula" foi "Tripas, energia e glória", ressaltando o ineditismo de uma Copa no Oriente Médio.

Com as agências de notícias


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