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memória
Conflitos já mataram 2 na competição
DA REPORTAGEM LOCAL
Ameaças terroristas já
provocaram a morte de dois
pilotos no Rali Dacar. Até hoje, segundo a agência France
Presse, 47 pessoas morreram
na história da competição.
Em 1991, o francês Charles
Cabannes foi vítima de um
tiro no Mali. Ele era piloto de
um caminhão de assistência
à prova e foi alvejado na nona
etapa, entre Tilia e Gao. Na
época, o país enfrentava um
conflito entre o Exército e os
tuaregues, minoria que dominava o norte do Mali. Mas
os responsáveis pelo crime
jamais foram identificados.
O brasileiro André Azevedo lembra o ataque. "Estava
um pouco à frente, logo soube que ele [Cabannes] tinha
sido atingido", contou.
Em 1996, entre Foum El
Hassan e Smara, no Marrocos, Laurent Guéguen morreu após a explosão de uma
mina terrestre. O artefato
atingiu o caminhão guiado
por ele. Na ocasião, o governo local duelava com a Frente Polisário, grupo separatista do país africano.
Em outros anos, o rali também sofreu com terrorismo.
Já houve ameaças de rebeldes do Chade em 1992 e de
grupos islâmicos da Argélia
em 1993, ambas sem alterar
o trajeto da competição.
Quatro anos depois, o percurso foi modificado no Níger, em razão de enfrentamento entre tuaregues.
Em 2000, quatro etapas
foram canceladas após atentado no Níger. Duas etapas
foram anuladas, em 2004, no
Mali. No ano passado, ameaças de um grupo ligado à Al
Qaeda na Argélia obrigaram
os organizadores a cancelar
duas etapas no Mali, entre
Néma e Tombuctu.0
(FG E ML)
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