São Paulo, sábado, 05 de janeiro de 2008

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memória

Conflitos já mataram 2 na competição

DA REPORTAGEM LOCAL

Ameaças terroristas já provocaram a morte de dois pilotos no Rali Dacar. Até hoje, segundo a agência France Presse, 47 pessoas morreram na história da competição.
Em 1991, o francês Charles Cabannes foi vítima de um tiro no Mali. Ele era piloto de um caminhão de assistência à prova e foi alvejado na nona etapa, entre Tilia e Gao. Na época, o país enfrentava um conflito entre o Exército e os tuaregues, minoria que dominava o norte do Mali. Mas os responsáveis pelo crime jamais foram identificados.
O brasileiro André Azevedo lembra o ataque. "Estava um pouco à frente, logo soube que ele [Cabannes] tinha sido atingido", contou.
Em 1996, entre Foum El Hassan e Smara, no Marrocos, Laurent Guéguen morreu após a explosão de uma mina terrestre. O artefato atingiu o caminhão guiado por ele. Na ocasião, o governo local duelava com a Frente Polisário, grupo separatista do país africano.
Em outros anos, o rali também sofreu com terrorismo. Já houve ameaças de rebeldes do Chade em 1992 e de grupos islâmicos da Argélia em 1993, ambas sem alterar o trajeto da competição.
Quatro anos depois, o percurso foi modificado no Níger, em razão de enfrentamento entre tuaregues.
Em 2000, quatro etapas foram canceladas após atentado no Níger. Duas etapas foram anuladas, em 2004, no Mali. No ano passado, ameaças de um grupo ligado à Al Qaeda na Argélia obrigaram os organizadores a cancelar duas etapas no Mali, entre Néma e Tombuctu.0 (FG E ML)


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