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Organizadas comandam até a entrevista
DA REPORTAGEM LOCAL
A festa armada para receber Roberto Carlos no Parque São Jorge foi também
uma demonstração da força
que as torcidas organizadas
têm no Corinthians.
Antes de ganhar a camisa
da equipe alvinegra com
seu nome e o número 6 às
costas, o lateral-esquerdo
acabou vestindo uma camiseta da Gaviões da Fiel.
Ele também exibiu uma
camiseta da Pavilhão 9, outra
facção. E chegou para a entrevista coletiva com o boné
da Gaviões, que logo tirou e
deixou sobre a mesa.
De acordo com a Polícia
Militar, 5.000 pessoas presenciaram a chegada do
ex-lateral da seleção ao Corinthians. A apresentação de
Ronaldo teve 6.000 e cobrança de um quilo de alimento como ingresso.
Se a entrevista coletiva do
Fenômeno foi realizada no
salão nobre, com credenciamento especial e transmissão ao vivo em TV aberta, a
de Roberto Carlos foi mais
modesta. E mais incomum.
A diretoria corintiana armou um palco no meio do
gramado, sob um calor de
36C, segundo os termômetros presentes no próprio
Parque São Jorge.
Perguntas e respostas foram transmitidas pelo sistema de som, o que levou a torcida a vaiar quase todas as
perguntas e a vibrar com
quase todas as respostas.
Os diretores de marketing,
Luis Paulo Rosenberg, e de
futebol, Mario Gobbi, também passaram por constrangimento. O primeiro ouviu
reclamações de torcedores
contra o roxo, cor que ele insiste em utilizar nos produtos do time alvinegro. E o segundo ainda paga por ter criticado "o torcedor de arquibancada", que, de acordo
com ele, "não entende que o
futebol é business".
Sem outra alternativa, os
cartolas decidiram aplaudir
os protestos.
(LR E MF)
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