São Paulo, terça-feira, 05 de janeiro de 2010

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Organizadas comandam até a entrevista

DA REPORTAGEM LOCAL A festa armada para receber Roberto Carlos no Parque São Jorge foi também uma demonstração da força que as torcidas organizadas têm no Corinthians.
Antes de ganhar a camisa da equipe alvinegra com seu nome e o número 6 às costas, o lateral-esquerdo acabou vestindo uma camiseta da Gaviões da Fiel.
Ele também exibiu uma camiseta da Pavilhão 9, outra facção. E chegou para a entrevista coletiva com o boné da Gaviões, que logo tirou e deixou sobre a mesa.
De acordo com a Polícia Militar, 5.000 pessoas presenciaram a chegada do ex-lateral da seleção ao Corinthians. A apresentação de Ronaldo teve 6.000 e cobrança de um quilo de alimento como ingresso.
Se a entrevista coletiva do Fenômeno foi realizada no salão nobre, com credenciamento especial e transmissão ao vivo em TV aberta, a de Roberto Carlos foi mais modesta. E mais incomum.
A diretoria corintiana armou um palco no meio do gramado, sob um calor de 36C, segundo os termômetros presentes no próprio Parque São Jorge.
Perguntas e respostas foram transmitidas pelo sistema de som, o que levou a torcida a vaiar quase todas as perguntas e a vibrar com quase todas as respostas.
Os diretores de marketing, Luis Paulo Rosenberg, e de futebol, Mario Gobbi, também passaram por constrangimento. O primeiro ouviu reclamações de torcedores contra o roxo, cor que ele insiste em utilizar nos produtos do time alvinegro. E o segundo ainda paga por ter criticado "o torcedor de arquibancada", que, de acordo com ele, "não entende que o futebol é business".
Sem outra alternativa, os cartolas decidiram aplaudir os protestos. (LR E MF)


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