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Palmeiras tenta calar a torcida
da Reportagem Local
O Palmeiras busca um gol logo
no início da partida de hoje contra o Vasco, às 16h, no Parque Antarctica, para calar os seus próprios torcedores, que têm vaiado
o time nos últimos jogos.
As vaias partem principalmente
da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do clube. Os integrantes dela pedem a saída do técnico Luiz Felipe Scolari e da Parmalat, patrocinadora da equipe.
Segundo os jogadores, as críticas aconteceram porque o Palmeiras começou perdendo os três
jogos que fez no Rio-São Paulo. A
equipe empatou em 3 a 3 com o
Vasco, no Rio, perdeu de 2 a 1 para o Corinthians, e ganhou de virada do Fluminense por 6 a 2.
"É normal a torcida vaiar quando o time começa perdendo. A
partir do momento em que a gente jogar bem desde o começo, os
torcedores vão nos apoiar", disse
o goleiro Marcos, um dos mais
criticados na última partida, contra o Fluminense.
Para ajudar na corrida em busca
de um gol-relâmpago, os jogadores passaram parte do treino de
ontem simulando o início de um
jogo. A jogada foi repetida nove
vezes pelos titulares. Galeano ou
Rogério pegavam a bola, logo depois da saída, e lançavam Euller,
que cruzava para área.
Outra opção treinada foi o lançamento direto para área. Nesse
caso, a bola era afastada pela zaga
reserva, mas um dos meias titulares aparecia para pegar o rebote.
"É uma jogada inicial para tentar o gol e mostrar para a torcida
que vamos para cima do Vasco.
Percebendo a nossa vontade, eles
vão ficar do nosso lado", disse o
volante Rogério, que está sendo
improvisado na lateral direita.
O técnico Luiz Felipe Scolari
não escondeu que prepara a equipe para tentar um gol no começo.
"Tenho que tentar de tudo. Se eles
tiverem uma chance, vão saber
como se posicionar", afirmou o
treinador palmeirense.
Apesar do esforço para reconquistar a torcida, os jogadores
afirmam que não se incomodam
com as vaias. Marcos disse que o
comportamento dos torcedores
ajudou o time na virada contra o
Fluminense. "O que a gente escutou da torcida no primeiro tempo
acabou motivando a nossa equipe", falou o goleiro.
Ontem, no último treino antes
da partida contra o Vasco, Scolari
testou uma formação ofensiva,
com quatro atacantes.
Asprilla, Euller, Pena e Basílio
treinaram entre os titulares. Dos
quatro, Pena e Basílio foram
orientados a ficarem mais recuados, ajudando na marcação.
Mesmo treinando com um time
recheado de atacantes, Scolari pode optar por um esquema mais
defensivo. O técnico palmeirense
ainda estuda a possibilidade de
escalar Tiago em vez de Basílio.
Nesse caso, o Palmeiras jogaria
com três volantes. Os outros são
César Sampaio e Galeano.
"Não é uma questão de ser ofensivo ou de jogar na retranca. É que
não tenho outros jogadores", disse o treinador palmeirense.
Ele descartou a escalação de
Jackson desde o começo. O meia
estava machucado, mas melhorou e deve ficar na reserva.
Roque Júnior se recuperou de
uma contusão na coxa direita e
disputa uma vaga com Índio.
O treinador palmeirense disse
que não vai armar um esquema
especial para marcar a dupla de
ataque do Vasco, formada por
Edmundo e Romário.
"Não existe fórmula mágica. Se
deixar o meu time todo marcando os dois, vamos perder para os
outros nove jogadores do Vasco",
disse o técnico.
Mudança
A Polícia Militar vetou o Parque
Antarctica para a partida com o
Corinthians, na próxima quarta-feira. Segundo a PM, o estádio
não poderia receber os torcedores
com segurança.
Ao saber do veto, a diretoria escolheu o Morumbi. "Não escolhemos o Pacaembu porque o Corinthians manda as suas partidas lá",
disse Sebastião Lapolla, diretor de
futebol do clube, que considerou
a decisão da PM injusta.
NA TV - Sportv, menos para a
capital, e Globo, menos para
o Estado de São Paulo, às 16h
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