São Paulo, #!L#Sábado, 05 de Fevereiro de 2000


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Palmeiras tenta calar a torcida

da Reportagem Local

O Palmeiras busca um gol logo no início da partida de hoje contra o Vasco, às 16h, no Parque Antarctica, para calar os seus próprios torcedores, que têm vaiado o time nos últimos jogos.
As vaias partem principalmente da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do clube. Os integrantes dela pedem a saída do técnico Luiz Felipe Scolari e da Parmalat, patrocinadora da equipe.
Segundo os jogadores, as críticas aconteceram porque o Palmeiras começou perdendo os três jogos que fez no Rio-São Paulo. A equipe empatou em 3 a 3 com o Vasco, no Rio, perdeu de 2 a 1 para o Corinthians, e ganhou de virada do Fluminense por 6 a 2.
"É normal a torcida vaiar quando o time começa perdendo. A partir do momento em que a gente jogar bem desde o começo, os torcedores vão nos apoiar", disse o goleiro Marcos, um dos mais criticados na última partida, contra o Fluminense.
Para ajudar na corrida em busca de um gol-relâmpago, os jogadores passaram parte do treino de ontem simulando o início de um jogo. A jogada foi repetida nove vezes pelos titulares. Galeano ou Rogério pegavam a bola, logo depois da saída, e lançavam Euller, que cruzava para área.
Outra opção treinada foi o lançamento direto para área. Nesse caso, a bola era afastada pela zaga reserva, mas um dos meias titulares aparecia para pegar o rebote.
"É uma jogada inicial para tentar o gol e mostrar para a torcida que vamos para cima do Vasco. Percebendo a nossa vontade, eles vão ficar do nosso lado", disse o volante Rogério, que está sendo improvisado na lateral direita.
O técnico Luiz Felipe Scolari não escondeu que prepara a equipe para tentar um gol no começo. "Tenho que tentar de tudo. Se eles tiverem uma chance, vão saber como se posicionar", afirmou o treinador palmeirense.
Apesar do esforço para reconquistar a torcida, os jogadores afirmam que não se incomodam com as vaias. Marcos disse que o comportamento dos torcedores ajudou o time na virada contra o Fluminense. "O que a gente escutou da torcida no primeiro tempo acabou motivando a nossa equipe", falou o goleiro.
Ontem, no último treino antes da partida contra o Vasco, Scolari testou uma formação ofensiva, com quatro atacantes.
Asprilla, Euller, Pena e Basílio treinaram entre os titulares. Dos quatro, Pena e Basílio foram orientados a ficarem mais recuados, ajudando na marcação.
Mesmo treinando com um time recheado de atacantes, Scolari pode optar por um esquema mais defensivo. O técnico palmeirense ainda estuda a possibilidade de escalar Tiago em vez de Basílio. Nesse caso, o Palmeiras jogaria com três volantes. Os outros são César Sampaio e Galeano.
"Não é uma questão de ser ofensivo ou de jogar na retranca. É que não tenho outros jogadores", disse o treinador palmeirense.
Ele descartou a escalação de Jackson desde o começo. O meia estava machucado, mas melhorou e deve ficar na reserva.
Roque Júnior se recuperou de uma contusão na coxa direita e disputa uma vaga com Índio.
O treinador palmeirense disse que não vai armar um esquema especial para marcar a dupla de ataque do Vasco, formada por Edmundo e Romário.
"Não existe fórmula mágica. Se deixar o meu time todo marcando os dois, vamos perder para os outros nove jogadores do Vasco", disse o técnico.

Mudança
A Polícia Militar vetou o Parque Antarctica para a partida com o Corinthians, na próxima quarta-feira. Segundo a PM, o estádio não poderia receber os torcedores com segurança.
Ao saber do veto, a diretoria escolheu o Morumbi. "Não escolhemos o Pacaembu porque o Corinthians manda as suas partidas lá", disse Sebastião Lapolla, diretor de futebol do clube, que considerou a decisão da PM injusta.
NA TV - Sportv, menos para a capital, e Globo, menos para o Estado de São Paulo, às 16h

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