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Brasil possui outros "quase classificados"
DA REPORTAGEM LOCAL
Samuel Bento da Silva não
é o único atleta do Brasil que
chegou bem perto dos Jogos
de Inverno de Turim, mas
não competirá no evento.
O veto à sua convocação,
aliás, é reflexo de um acidente que impediu outro atleta,
que já estava classificado, de
competir na Olimpíada.
Em janeiro do ano passado, Renato Mizoguchi, do
luge, sofreu um sério acidente na mesma pista que receberá o bobsled olímpico.
Passou uma semana em
coma com múltiplas fraturas
na face, acabou cego de um
olho e não teve escolha: encerrou a carreira.
Ainda assim, ele estará em
Turim. Foi convidado pela
federação internacional da
modalidade e receberá uma
credencial para ver a competição de luge. Mas não terá
acesso à Vila Olímpica.
Outro atleta do país que
"bateu na trave" para Turim
é o gaúcho Emílio Strapasson, 29, do skeleton.
Na última prova classificatória, ele terminou em nono
lugar. Precisava do oitavo
para ir a Turim.
"Entre os atletas que o superaram estava um libanês,
que sempre perdeu do Emílio. Mas, na Copa do Mundo,
ele apareceu com um capacete irregular. Tinha um jogo de espelhos que o permitia pilotar com a cabeça mais
abaixada, dando uma vantagem aerodinâmica ilegal. E
ainda era mais longo, totalmente fora das especificações. Seis países protestaram
na hora. Depois, o COB também intercedeu, mas não
adiantou nada", conta Eric
Maleson, da CBDG.
A aerodinâmica é fundamental no skeleton, competição em que os atletas descem uma pista de gelo deitados de bruços, com a cabeça
voltada para a frente do trenó.
(ALF E LF)
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