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Palmeiras cede espaço e vitória "certa"
Santos reage e consegue empate em apenas dois minutos, após estar perdendo por 3 a 1, mas torneio fica sem time 100%
Palmeiras 3
Santos 3
Fernando Donasci/Folha Imagem
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O atacante Osmar, autor de dois gols no clássico de ontem, comemora um deles com cambalhota |
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santos se recuperou de
uma derrota quase certa e se
manteve invicto no Campeonato Paulista, o qual lidera com 16
pontos. Já o Palmeiras, em casa, deixou escapar uma vitória
quase certa e é o único grande
fora da zona de classificação.
Faltando poucos minutos para o final, o time palmeirense
cedeu espaços para um time
que Vanderlei Luxemburgo
soube corrigir a ponto de se salvar de um 3 a 1 adverso. Aí falou
mais alto a estratégia, o que faltou ao técnico Caio Júnior.
A vitória do Palmeiras no
clássico com o Santos poderia
ter sido facilitada ontem por
um quesito em que os alviverdes sobraram no Parque Antarctica: velocidade.
Porém, no segundo tempo,
Caio Júnior pensou que administraria o resultado. Promoveu a estréia do volante Martinez e do lateral Leandro, mas
tirou jogadores que vinham se
destacando, como Osmar, que
havia marcado os dois primeiros gols do confronto, e Paulo
Baier, sem compensar o ataque.
Exatamente o contrário do
que havia feito Luxemburgo,
que tirou o volante Rodrigo
Souto para pôr o meia ofensivo
Rodrigo Tabata, além de colocar um descansado Jonas no
comando do ataque, na vaga
deixada por Marcos Aurélio.
O jogo começou quente já do
lado de fora. Uma pequena briga foi iniciada por um grupo de
palmeirenses que quis entrar
no estádio pelo lado reservado
aos santistas. Usando como armas as cadeiras de ambulantes,
os torcedores causaram prejuízos, quebrando vidros de veículos estacionados. A confusão se
dissipou com a chegada da PM.
Não houve registro de feridos.
Em campo, o Palmeiras mostrou a rapidez nas ações de ataque e contra-ataque que havia
mostrado contra a Ponte Preta.
No meio, um Edmundo ainda
fora de forma alternava passes
precisos com lances de preciosismo bobo. Mas era o maestro,
e, dado o apoio da torcida, Caio
Júnior terá problemas para tirá-lo do time quando Valdivia
se recuperar de fratura nasal.
Ao fazer o terceiro, aos
24min do segundo tempo, em
um pênalti, que ele mesmo sofrera ao ser derrubado por Antonio Carlos, Edmundo garantiu a lua-de-mel com a torcida.
Outro destaque foi o atacante
Osmar, que, ao lado de Cristiano, fazia Antonio Carlos e
Adailton correrem muito.
Aos 28min e aos 39min, o
atacante justificou a manutenção de sua escalação. Primeiro,
cabeceou com perfeição cruzamento de Michael, da esquerda. Depois, mostrou oportunismo ao pegar sobra de tabela entre Edmundo e Paulo Baier.
Não foi só uma questão de o
Palmeiras ter sido muito mais
rápido que o Santos. A equipe
escalada por Luxemburgo, formada por atletas mais velhos e
alguns fora de ritmo, como Pedrinho e Marcos Aurélio, virou
presa fácil para os verdes.
A rigor, no primeiro tempo, o
Santos não teve chances de gol.
O mais perto foi uma bola na
área para Pedrinho, impedido.
Aos 8min do segundo tempo,
parecia que o Santos teria um
novo fôlego na partida. Em escanteio cobrado da esquerda,
Adailton desviou, e Pedrinho
completou no ângulo direito.
Desarrumado, o Palmeiras
viu o Santos crescer e contar
com a sorte. Uma falta batida
por Kléber desviou na barreira
e enganou Marcos, aos 33min.
Um minuto depois, Kléber
cruzou, Tiuí cabeceou na trave,
e a bola sobrou limpa para Jonas completar. Após o empate,
o volante Wendell foi expulso.
Com um a mais em campo, o
Santos teve até chance de virar,
mas o empate foi justo.
(MÁRVIO DOS ANJOS E RODRIGO MATTOS)
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