São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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Palmeiras cede espaço e vitória "certa"

Santos reage e consegue empate em apenas dois minutos, após estar perdendo por 3 a 1, mas torneio fica sem time 100%

Palmeiras 3
Santos 3

Fernando Donasci/Folha Imagem
O atacante Osmar, autor de dois gols no clássico de ontem, comemora um deles com cambalhota


DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos se recuperou de uma derrota quase certa e se manteve invicto no Campeonato Paulista, o qual lidera com 16 pontos. Já o Palmeiras, em casa, deixou escapar uma vitória quase certa e é o único grande fora da zona de classificação.
Faltando poucos minutos para o final, o time palmeirense cedeu espaços para um time que Vanderlei Luxemburgo soube corrigir a ponto de se salvar de um 3 a 1 adverso. Aí falou mais alto a estratégia, o que faltou ao técnico Caio Júnior.
A vitória do Palmeiras no clássico com o Santos poderia ter sido facilitada ontem por um quesito em que os alviverdes sobraram no Parque Antarctica: velocidade.
Porém, no segundo tempo, Caio Júnior pensou que administraria o resultado. Promoveu a estréia do volante Martinez e do lateral Leandro, mas tirou jogadores que vinham se destacando, como Osmar, que havia marcado os dois primeiros gols do confronto, e Paulo Baier, sem compensar o ataque.
Exatamente o contrário do que havia feito Luxemburgo, que tirou o volante Rodrigo Souto para pôr o meia ofensivo Rodrigo Tabata, além de colocar um descansado Jonas no comando do ataque, na vaga deixada por Marcos Aurélio.
O jogo começou quente já do lado de fora. Uma pequena briga foi iniciada por um grupo de palmeirenses que quis entrar no estádio pelo lado reservado aos santistas. Usando como armas as cadeiras de ambulantes, os torcedores causaram prejuízos, quebrando vidros de veículos estacionados. A confusão se dissipou com a chegada da PM. Não houve registro de feridos.
Em campo, o Palmeiras mostrou a rapidez nas ações de ataque e contra-ataque que havia mostrado contra a Ponte Preta. No meio, um Edmundo ainda fora de forma alternava passes precisos com lances de preciosismo bobo. Mas era o maestro, e, dado o apoio da torcida, Caio Júnior terá problemas para tirá-lo do time quando Valdivia se recuperar de fratura nasal.
Ao fazer o terceiro, aos 24min do segundo tempo, em um pênalti, que ele mesmo sofrera ao ser derrubado por Antonio Carlos, Edmundo garantiu a lua-de-mel com a torcida.
Outro destaque foi o atacante Osmar, que, ao lado de Cristiano, fazia Antonio Carlos e Adailton correrem muito.
Aos 28min e aos 39min, o atacante justificou a manutenção de sua escalação. Primeiro, cabeceou com perfeição cruzamento de Michael, da esquerda. Depois, mostrou oportunismo ao pegar sobra de tabela entre Edmundo e Paulo Baier.
Não foi só uma questão de o Palmeiras ter sido muito mais rápido que o Santos. A equipe escalada por Luxemburgo, formada por atletas mais velhos e alguns fora de ritmo, como Pedrinho e Marcos Aurélio, virou presa fácil para os verdes.
A rigor, no primeiro tempo, o Santos não teve chances de gol. O mais perto foi uma bola na área para Pedrinho, impedido.
Aos 8min do segundo tempo, parecia que o Santos teria um novo fôlego na partida. Em escanteio cobrado da esquerda, Adailton desviou, e Pedrinho completou no ângulo direito.
Desarrumado, o Palmeiras viu o Santos crescer e contar com a sorte. Uma falta batida por Kléber desviou na barreira e enganou Marcos, aos 33min.
Um minuto depois, Kléber cruzou, Tiuí cabeceou na trave, e a bola sobrou limpa para Jonas completar. Após o empate, o volante Wendell foi expulso.
Com um a mais em campo, o Santos teve até chance de virar, mas o empate foi justo. (MÁRVIO DOS ANJOS E RODRIGO MATTOS)


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