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Esportes acirram disputa por 2016
Caratê, golfe, patinação de velocidade, rúgbi, squash, softbol e beisebol fazem lobby para entrar no programa olímpico
Escolha das modalidades será feita em outubro, na mesma assembleia do COI em que o Rio pode ganhar o direito de sediar Olimpíada
ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Sete modalidades brigam para fazer parte do programa dos
Jogos Olímpicos de 2016, que
será definido em outubro, na
Dinamarca, na mesma assembleia que elegerá o país-sede.
Caratê, golfe, patinação de
velocidade, rúgbi, squash, softbol e beisebol concorrem por
duas vagas na Olimpíada que
pode ser realizada no Rio.
Hoje, 26 esportes estão no
programa. Segundo norma do
Comitê Olímpico Internacional, o número máximo é 28.
Squash e caratê tentaram lugar
em Londres-12 -foram rejeitados. Beisebol e softbol estiveram nos Jogos até Pequim-08.
Para adentrar à Olimpíada,
as federações dos sete pleiteantes não poupam esforços, já que
o status olímpico atrairia patrocinadores, TV e praticantes.
A FIRS (Federação Internacional de Esportes sobre Rodas), por exemplo, diz usar "todos seus recursos" na campanha da patinação de velocidade.
"Estar na Olimpíada seria o
reconhecimento a um esporte
do século 21. Seria importante
para os patrocinadores, porque
nosso esporte reúne dinamismo, velocidade, equilíbrio e juventude", disse Roberto Marotta, secretário-geral da FIRS.
Características distintas reúne o golfe. A modalidade apresenta pouco dinamismo e a faixa etária dos atletas é mais alta.
Pontos que podem ser questionados por membros do COI.
Por outro lado, o golfe é um
dos pleiteantes à vaga que mais
atraem investidores. Suas principais estrelas, incluindo Tiger
Woods, apoiam a candidatura.
"A inclusão do golfe serviria
para desenvolvê-lo em países
onde hoje há poucos praticantes", ressalta Ty Votaw, diretor--executivo do comitê criado para a candidatura do esporte.
Popularidade e patrocínio
não faltam ao rúgbi. Seu Mundial só perde em audiência para
a Copa de futebol e para a Olimpíada. Mais: tem como trunfo a
chance de distribuir medalha a
países periféricos na esfera
olímpica, como Fiji, Nova Zelândia, Argentina e África do
Sul, potências na modalidade.
Já a Federação Internacional
de Squash, que investe metade
de seu orçamento na candidatura, aposta em um lobby mais
acirrado para não deixar escapar pela terceira vez a chance.
Em novembro, o presidente
da federação internacional, N.
Ramachandran, entregou ao
mandatário do COI, Jacques
Rogge, carta em que os principais atletas se comprometiam a
disputar a Olimpíada caso o esporte estivesse no programa.
Parece pouco, mas uma das
razões para a saída do beisebol
foi a ausência dos maiores astros, atuantes na MLB (liga
profissional norte-americana).
Para voltar ao evento, o beisebol tem o apoio do Japão, onde o esporte é popular. Caso
Tóquio seja eleita sede de 2016,
o esporte ganhará mais força.
"Começamos a campanha
"Traga de Volta o Beisebol" e,
com a ajuda do Japão, que está
promovendo a campanha "Beisebol Novamente em 2016", estamos confiantes quanto às
nossas chances", diz Harvey
Schiller, presidente da Federação Internacional de Beisebol.
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