São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2009

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Esportes acirram disputa por 2016

Caratê, golfe, patinação de velocidade, rúgbi, squash, softbol e beisebol fazem lobby para entrar no programa olímpico

Escolha das modalidades será feita em outubro, na mesma assembleia do COI em que o Rio pode ganhar o direito de sediar Olimpíada


ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Sete modalidades brigam para fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos de 2016, que será definido em outubro, na Dinamarca, na mesma assembleia que elegerá o país-sede.
Caratê, golfe, patinação de velocidade, rúgbi, squash, softbol e beisebol concorrem por duas vagas na Olimpíada que pode ser realizada no Rio.
Hoje, 26 esportes estão no programa. Segundo norma do Comitê Olímpico Internacional, o número máximo é 28. Squash e caratê tentaram lugar em Londres-12 -foram rejeitados. Beisebol e softbol estiveram nos Jogos até Pequim-08.
Para adentrar à Olimpíada, as federações dos sete pleiteantes não poupam esforços, já que o status olímpico atrairia patrocinadores, TV e praticantes.
A FIRS (Federação Internacional de Esportes sobre Rodas), por exemplo, diz usar "todos seus recursos" na campanha da patinação de velocidade.
"Estar na Olimpíada seria o reconhecimento a um esporte do século 21. Seria importante para os patrocinadores, porque nosso esporte reúne dinamismo, velocidade, equilíbrio e juventude", disse Roberto Marotta, secretário-geral da FIRS.
Características distintas reúne o golfe. A modalidade apresenta pouco dinamismo e a faixa etária dos atletas é mais alta. Pontos que podem ser questionados por membros do COI.
Por outro lado, o golfe é um dos pleiteantes à vaga que mais atraem investidores. Suas principais estrelas, incluindo Tiger Woods, apoiam a candidatura.
"A inclusão do golfe serviria para desenvolvê-lo em países onde hoje há poucos praticantes", ressalta Ty Votaw, diretor--executivo do comitê criado para a candidatura do esporte.
Popularidade e patrocínio não faltam ao rúgbi. Seu Mundial só perde em audiência para a Copa de futebol e para a Olimpíada. Mais: tem como trunfo a chance de distribuir medalha a países periféricos na esfera olímpica, como Fiji, Nova Zelândia, Argentina e África do Sul, potências na modalidade.
Já a Federação Internacional de Squash, que investe metade de seu orçamento na candidatura, aposta em um lobby mais acirrado para não deixar escapar pela terceira vez a chance.
Em novembro, o presidente da federação internacional, N. Ramachandran, entregou ao mandatário do COI, Jacques Rogge, carta em que os principais atletas se comprometiam a disputar a Olimpíada caso o esporte estivesse no programa.
Parece pouco, mas uma das razões para a saída do beisebol foi a ausência dos maiores astros, atuantes na MLB (liga profissional norte-americana).
Para voltar ao evento, o beisebol tem o apoio do Japão, onde o esporte é popular. Caso Tóquio seja eleita sede de 2016, o esporte ganhará mais força.
"Começamos a campanha "Traga de Volta o Beisebol" e, com a ajuda do Japão, que está promovendo a campanha "Beisebol Novamente em 2016", estamos confiantes quanto às nossas chances", diz Harvey Schiller, presidente da Federação Internacional de Beisebol.


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