MARTÍN FERNANDEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Paulista de Futebol proibiu a torcida uniformizada Gaviões da Fiel de entrar nos três próximos jogos do Corinthians no Estadual.
A FPF acatou sugestão do promotor Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo, que pediu a punição à facção por causa de "incidentes violentos" ocorridos no clássico contra o Palmeiras, domingo passado, no Pacaembu.
A principal organizada corintiana entrou no estádio, segundo Castilho, com fogos de artifício (rojões e sinalizadores), o que é proibido por lei estadual. Uma pessoa ficou ferida na explosão de um desses artefatos.
No clássico, a torcida do Palmeiras ocupou todo o tobogã, prática que havia sido abolida.
"Queremos que isso sirva de exemplo para as demais organizadas", afirmou Castilho. Na prática, a Gaviões da Fiel está proibida de entrar com bandeiras, faixas e tambores nas próximas três partidas do Paulista.
Por meio de sua assessoria, a facção declarou não ter sido avisada da decisão da FPF.
A determinação da federação gerou explicações desencontradas da Polícia Militar e da administração do Pacaembu.
O coronel Almir Ribeiro, responsável pelo policiamento nos estádios, afirmou que a revista feita pela PM nas catracas é "impossível de ser burlada".
"De fato havia sinalizadores e rojões, e não sei como isso foi parar lá dentro", afirmou o coronel. "Existem inúmeros meios de entrar com isso no estádio, sem ser pelas catracas."
Aléssio Gamberini, coordenador de equipamentos da prefeitura, disse que não viu "nenhuma anormalidade" no jogo entre Palmeiras e Corinthians.
E rebateu o que disse o policial militar. "Tudo o que entra no estádio é de responsabilidade do choque, da Polícia Militar", declarou Gamberini. "Se houve alguma falha nesse sentido, foi do choque."
Anteontem, o torcedor Valdir Bajano Júnior, 24, foi baleado antes do jogo entre Ponte Preta e Corinthians. Ele está na UTI do hospital Mario Gatti.


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