São Paulo, domingo, 05 de março de 2000


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Um guia para entender a Ferrari em tempos de Barichello

Scuderia Nostra

FÁBIO SEIXAS
da Reportagem Local

Maranello, Fiorano e Mugello. Luca di Montezemolo, Ross Brawn, Rory Byrne e Luca Baldisserri. Defletor, F1-2000 e 049.
Queira ou não, o público brasileiro vai acabar se deparando com essas expressões, esses nomes, esses termos técnicos a partir desta semana. E o motivo é um só: Rubens Barrichello na Ferrari.
Após uma série de testes de pré-temporada na Itália e na Espanha, o piloto entra na pista de Melbourne na próxima quinta-feira, às 23h (de Brasília), para seu primeiro "treino real" pela mais tradicional escuderia da F-1.
Será a primeira tomada de tempos para o GP da Austrália, prova que abre o 51º Mundial de F-1.
De uma hora para outra, nas transmissões de TV e rádio, nas páginas de jornais e revistas, nos sites da Internet, o torcedor -e até aquele que não liga a mínima para o esporte- vai acabar encontrando palavras em italiano. Nomes desconhecidos.
A Folha apresenta nesta página um glossário com os principais termos ligados à Ferrari.
Única equipe a disputar todos os Mundiais da F-1, recordista de títulos de construtores (9, empatada com a Williams) e segundo time que mais fez campeões mundiais (9, atrás da McLaren, com 11), a Ferrari criou, em 50 anos, um vocabulário próprio.
Seu símbolo, por exemplo, é o "Cavallino". E tem uma história ("simples e fascinante", nas palavras de Enzo Ferrari), uma vida própria e uma razão de ser.
O próprio idealizador da equipe é uma das figuras mais célebres do esporte no século 20.
No final do ano passado, Enzo Ferrari foi eleito o homem mais importante da história da F-1 pela revista italiana "Autosprint", especializada em automobilismo.
Toda essa tradição e essa singularidade movem milhares de torcedores a todos os autódromos em que a F-1 é realizada.
A paixão dos ferraristas pode ser resumida, ano após ano, em uma imagem: a da Colina da Paixão, em Imola, um morro onde os "tifosi" se concentram para torcer para a escuderia nos finais de semana de GP de San Marino.
Independentemente do resultado que o piloto brasileiro conseguir em Melbourne, há uma certeza. As arquibancadas do autódromo paulistano de Interlagos, no final do mês, terão um tom vermelho. E, em tempos de Matteo, Giuliana e Barrichello, o palavreado dos torcedores vai se aproximar daquele dos fanáticos apaixonados de Imola.


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