São Paulo, segunda-feira, 05 de abril de 2004

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VÔLEI

A força do Sul

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

As equipes do Sul mais uma vez são as donas da bola na Superliga masculina de vôlei. Ulbra e Unisul se classificaram para a grande final e vão repetir a decisão da temporada passada.
A surpresa foi a facilidade com que as duas equipes eliminaram seus adversários: venceram as três partidas das semifinais.
A Ulbra perdeu só dois sets nos três confrontos com o Suzano. O time está tão certinho que o atacante Ânderson, reforço da equipe gaúcha a partir das semifinais, tem entrado pouco em quadra. Sábado, logo após a vitória, ele disse que "o time está tão certinho que não tem porque alguém sair para eu entrar".
O certo é que a Ulbra apresenta equilíbrio em todos os fundamentos e tem bons jogadores em todas as posições. Contra o Suzano, a equipe soltou a mão no saque, quebrou a recepção adversária e mostrou um bloqueio poderoso. Mais: com um levantador habilidoso como Rapha, o time jogou com muita velocidade.
Na outra semifinal, a surpresa foi a eliminação em apenas três jogos do Minas. Pelas estrelas que tem, o time mineiro era o favorito para chegar à final. Mas o certo é que o time de Ricardinho, Giovane, André Nascimento e Henrique, todos da seleção, foi muito irregular ao longo do torneio.
A Unisul, com um saque poderoso, foi perfeita contra o Minas no último confronto, no sábado. Outra qualidade da equipe catarinense é a eficiência no ataque dos seus três ponteiros: Marcos Milinkovic, Dirceu e Badá. Mais: a equipe tem um bom levantador, Marcelinho, e um grande central, André Heller.
Pelo que apresentaram até agora, Ulbra e Unisul devem fazer uma final bem disputada. Mas, pelo equilíbrio que tem mostrado em todos os fundamentos, aposto ainda minhas fichas na Ulbra. Sem contar que o time tem também agora o reforço de Ânderson, um reserva de luxo.
No feminino, as semifinais estão bacanas. O Pinheiros, do técnico Cláudio Pinheiro, voltou a surpreender. A equipe, que já eliminou o favorito São Caetano nas quartas-de-final, derrotou o Minas por 3 a 1. Com o resultado, empatou o confronto das semifinais: cada time tem uma vitória.
O Pinheiros arriscou bastante no saque e fez um estrago na recepção adversária. No quinto set, mostrou sua valentia: estava perdendo por 14/12, mas virou o jogo. O certo é que o Minas, de Virna e Keba Phipps, mais uma vez mostrou toda a sua irregularidade, embora ainda seja o favorito.
Na outra semifinal, a ordem voltou a reinar: o Osasco, que havia perdido a invencibilidade de 20 partidas no primeiro confronto contra o Rexona, venceu ontem o jogo por 3 sets a 0. No primeiro set, o Osasco beirou a perfeição: teve apenas um erro. Agora, os dois times também estão empatados com uma vitória.
O que mais impressionou no confronto de ontem foi a eficiência de Bia no ataque e na defesa. Já o Rexona sofreu com o saque adversário concentrado principalmente em cima da atacante Estefânia. Sem passe, ficou impossível surpreender novamente o Osasco.

Italiano 1
O Cuneo, do brasileiro Giba, derrotou o Macerata por 3 a 2 (15/25, 26/24, 26/28, 25/22 e 15/13) no segundo jogo da série de cinco das quartas-de-final do Italiano. No primeiro confronto, a vitória também havia sido do Cuneo por 3 a 2. O Macerata está desfalcado do ponta Nalbert, que se recupera de uma cirurgia no ombro esquerdo.

Italiano 2
O vencedor do confronto entre Cuneo e Macerata enfrentará nas semifinais o ganhador entre Latina e Sisley Treviso. Na rodada do fim de semana, o Latina, do central Gustavo, venceu o Treviso por 3 sets a 0 (25/19, 25/16 e 26/24). A série melhor de cinco partidas agora está empatada, já que no primeiro jogo a vitória havia sido do Treviso, do russo Dineikine, também por 3 sets a 0.


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